quarta-feira, 31 de julho de 2013

O peixe no aquário... nada.



Esta falta de sintonia entre a população e seus governantes pode ser sentida nas atitudes recentes do Governo do Ceará e em certas prioridades de sua administração, mas que talvez não haja nenhum descompasso entre as partes interessadas, já que a população do estado deve mesmo carecer daquilo que está sendo ofertado. Depois de pagar um cachê de R$650.000.00 à cantora Ivete Sangalo para um show de inauguração de um hospital em Sobral - CE, esta obra poucos meses depois de inaugurada teve uma de suas alas interditada pelo desabamento de parte de sua cobertura. Outra inauguração, e outro show monumental, desta vez com uma estrela internacional, o tenor Plácido Domingos, na abertura de um dos maiores centros de eventos da América Latina, na capital cearense.

Mas, desta vez, tudo indica que a megalomania poderia ser mais bem dimensionada. Sob o pretexto de ampliar a visibilidade de Fortaleza nas rotas turísticas internacionais será construído na Praia de Iracema, um gigantesco aquário, com uma área equivalente a 22 campos oficiais de futebol, orçado em R$350 milhões de reais, com financiamento de Eximbank

A “caixa de peixe”, como vem sendo chamada pela população, poderia buscar uma parceria com o Governo de Pernambuco para abrigar e aprisionar além das mais de 500 espécies marinhas, os tubarões das praias recifenses, que tantos estragos já causaram aos banhistas pernambucanos e visitantes. Ideia!

Foto: Ilustrativa

O Papa é pop.


Não foram apenas a simpatia, o carisma e a afabilidade do Papa Francisco, em sua passagem avassaladora pelo Rio, responsáveis pela conquista de multidões de religiosos e mesmos daqueles que tem uma prática distante do catolicismo. Mas, a sua credibilidade, a confiança inspirada em suas palavras, seus ensinamentos dirigidos não apenas aos jovens, mas a todos os fieis. Qualidades, como confiança e crédito nas ações, que perdemos em nossos políticos, nossos dirigentes, expressa em explosões de brasilidade até então nunca vista e imaginadas adormecidas no povo brasileiro em manifestações de protestos e reivindicações que ganharam o mundo.

As falhas gritantes apresentadas na segurança e no transporte público na cidade sede da Jornada Mundial da Juventude mostraram ao mundo o quanto são incapazes autoridades como o Governador do Rio e a sua Prefeitura Municipal, na condução desses eventos, na recepção e acolhida de uma grande contingente de visitante. A suas explicações pelos atabalhoados desempenhos em setores como transporte e segurança, vitais em uma cidade que recebem milhares, milhões de visitantes, têm a mesma credibilidade de uma galinha, não convencem, não batem com a realidade e soam ininteligíveis para os que não cacarejam como eles.

Diferentemente do Papa Francisco que espalhou bom humor, confiança, esperança na juventude, na bondade humana, como alimento espiritual na condução da vida em frases como:

- “Vocês já tem um Deus Brasileiro, queriam uma Papa brasileiro também”?
- “Bote fé, que a vida terá um novo sabor; Bote fé, bote a esperança e bote amor”.
- “Não há esforço de “pacificação” duradouro com uma sociedade que abandona parte de si mesma”.
 - “Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário”.
- “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: do diálogo”.

Foto: Papa Francisco

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Com a língua solta!



Não resisti. Caí nas mãos sujas do cambista para assisti ontem o show de Nana Caymmi no Teatro Castro Alves. A meia entrada disponível e em poder da velhacaria na porta do teatro, durante toda a tarde, que na bilheteria sairia por R$40,00 foi adquirida por R$60,00. Pegamos a fila Z11, a última da imensa casa de espetáculo, poltronas 10 e 11. Alimentava a esperança que apesar do horizonte distante em que ficamos poderia ser revertido com algumas poltronas vagas, que sempre ocorre, após o apagar das luzes da plateia, quando ninguém mais teria acesso ao teatro e que ocuparíamos de forma solerte as tais cadeiras vagas. Qual o quê! Totalmente lotado de cima a baixo, ninguém mais entrava e dificilmente sairia.

Tinha a impressão que um assunto que toquei em um post anterior, quanto a sua má vontade com a Bahia, difundida por parte da impressa pudesse vir à tona em algum momento do espetáculo. Após uma lista preciosa com canções de Caymmi e embalada por doses frequentes de uísque, estrategicamente posicionado em um pequena mesma a seu lado, Nana soltou os bichos. Acusou a imprensa de fomentar um menosprezo pela Bahia que ela disse nunca ter sentido, ao contrário, pois Salvador é a terra de seu pai, onde ela também nasceu, embora tenha saído muito cedo para o Rio e reconhecendo não ter de fato uma formação nordestina. Todo este pequeno discurso foi entremeado por um rol de palavrões de variados graus de indignação. Um jeito Nana de ser.

Quanto ao que interessa ela continua soberana, intensa como Elis, Betânia em que a emoção está sempre presente em seu canto, sua voz, à flor da pele. O repertório do show é basicamente construído com as canções de Caymmi, mas que cede lugar a uma homenagem tocante a Dominguinhos e ao seu amigo Emilio Santiago, quando anunciou que cantaria mais duas músicas e que o povo fosse prá casa dormir, descansar, que ela iria fazer o mesmo. E finalizou sem bis, sem retorno ao palco, com a canção de ninar Acalanto de Dorival. Era mesmo hora de dormir, tendo a voz de Nana como companhia.

Foto: Teatro Castro Alves

O "mensalão" segundo Barbara Gancia.


... Em 20 ou 30 anos, quando o contexto político for outro; a composição do STF for outra e, quem sabe, a temperatura for mais baixa nas áreas da banca em que ficam empilhadas as revistas semanais, as pessoas quem sabe se darão conta de que o acórdão, a sentença final do mensalão, é um documento sem pé nem cabeça, sem sustentação alguma, sem lógica interna, e que não foi a “impunidade” a naufragar, mas sua falta de coerência. Quem sabe.

... Desde o 1º dia que venho martelando que a peça é capenga. Não, não entendo “xongas” de direito. Mas muito especialista que examinou a papelada reconhece que ali existe mais populismo jurídico do que competência do fato – foram 37 réus julgados de uma vez só por crimes diversos, onde já se viu uma coisa dessas?

... Em sua sentença, um juiz precisa deixar claro para a sociedade os motivos que o levaram a chegar as suas conclusões. No processo do mensalão, Joaquim Barbosa fabricou um teatrinho que criou na sociedade brasileira uma série de falsas expectativas. Havia o papel do bandido, do mocinho, tinha pecha de “maior julgamento da história” e havia até a certeza indiscutível que viríamos um final feliz.

Agora, quem criou todas essas esperanças, quem usou o fígado em vez da ciência, quem deu um chute no traseiro da oportunidade histórica e se rá o responsável pela frustração de um país inteiro, além de reforçar uma perigosa polarização entre correntes da esquerda e da direita, é o mesmo homem capaz de se dizer tão desencantado com o sistema a ponto de abandonar a toga e se candidatar a presidente. Duvida? Bem, depois não diga que não foi avisado.

Foto Ministro Joaquim Barbosa

sábado, 27 de julho de 2013

Sua estupidez!



Uma raridade este vídeo, entre tantas que são encontradas no Youtube. Desta vez Gal interpreta Sua estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos em um Programa Ensaio, da TV Cultura de São Paulo nos anos 70 e que era um dos pontos altos do antológico disco e show – Fa-tal – A todo vapor. Como curiosidade, uma declaração de amor de Tom Zé que antecede a interpretação de Gal ao violão em versos como “Quantas vezes eu tentei falar/que no mundo não há mais lugar/prá quem tema decisões na vida, sem pensar/Conte ao menos três/se precisar conte outra vez/Mas pense outra vez/meu bem, meu bem, bem” Perfeito!

Vídeo: Youtube

Nana na cidade.

Nana Caymmi (Foto: Divulação/PMV)
Para uma breve temporada, dois dias, hoje e amanhã, encontra-se na cidade a grande interprete, Nana Caymmi para apresentações no Teatro Castro Alves. É um acontecimento, já que a presença de Nana entre nós é muito rara, em parte por culpa dela própria que nutre por Salvador uma antipatia injustificada, cultivada por uma difusa mágoa quanto ao não reconhecimento da cidade por seu pai, o eterno Dorival. Uma querela que não vale a pena alimentar, tal a reverência que todas as gerações de artistas que precederam o pai de Nana, Dori e Danilo, têm por Caymmi, alem da cidade de Salvador que nunca lhe negou a imortalidade, dando seu nome a avenidas, praças, viadutos, erguendo estatuas, nominando troféus para premiação às artes em geral. Dorival é maior que o mar que ele magistralmente cantou e a cidade onde ele nasceu e que muito cedo trocou pelo Rio, cuja opção não arranha a sua biografia de mestre.

Fiquei sabendo do show de Nana, assim que cheguei a Salvador, mas a lotação já estava esgotada. Se soubesse com antecedência teria providenciado a reserva, restando a detestável busca pela escorcha dos cambistas, tentativa que farei, mas que provavelmente não cederei a sua sanha do dinheiro fácil e imoral.

Pelo sim pelo não vou alimentar a lista do meu MP4 com mais canções interpretadas por Nana, alem daquelas já rodam todos os dias. Mas, confesso a grande vontade de ver Nana cantando De volta ao começo, Não se esqueça de mim, Resposta ao tempo, Suave veneno, Você não sabe amar, Canção da manhã feliz, Fruta boa, além das canções marítimas de seu pai, o inesquecível Dorival.

Foto: Nana Caymmi

"Deputados comprados vieram com defeito".

Em casa, recolhendo e arrumando livros e discos espalhados por lugares inusitados como, por exemplo, deixar o pinguim da geladeira no oratório de Santo Antônio, tudo por conta de uma arrumação que desarruma mais que a pretendida mudança na decoração do ambiente. Toda esta invasão da sua propriedade intelectual só se consuma e se permite, aliás, se possibilita pela ausência do proprietário, que como sabemos toda ela, a ausência, é atrevida ou se escancara para este atrevimento. Quem sabe em outra encarnação possa materializar o sonho cantado, por Elis, em Casa no Campo, de um lugar “onde possa guardar meus amigos, meus discos e livros e nada mais”.

Nesta busca inútil de reaver o perdido encontrei uma compilação do jornal Planeta Diário com várias de suas edições dos anos 80, em que um destes filhos do Pasquim eleva a galhofa, o esculacho, a esculhambação a níveis lunares, graças ao humor de Reinaldo, Hubert e Claudio Paiva. Esta galera mais tarde se juntaria à equipe do também galhofeiro Casseta Popular, formando e atuando em outra mídia, a televisão, com o Casseta & Planeta que veio renovar o humor na TV Globo, tanto quanto os inesquecíveis exemplos da TV Pirata e da Grande Família.

Recolhi daquele exemplar do Planeta Diário algumas de suas manchetes, muitas delas com personagens já ausentes de nosso cotidiano social e político, Graças a Deus!
- Candidatos gays dão tudo na reta final
- Terça-feira gorda faz lipoaspiração e morre.
- Puxa-sacos desesperados com a falta de ovos.
- África do Sul proíbe negros de cagar na entrada e na saída.
- Candidatos epiléticos se debatem na TV.
- Arnold Scharwzeneeger vai baixar a inflação nem que seja na porrada.
- Agrotóxicos atacam o Kid Abelha.
- Sindicato dos bandidos acha pequeno o aumento da violência.
- Descontração na Campanha: Polícia acha que Maluf está muito solto.
- Inflação no Carnaval: Economistas acham que Joãozinho Trinta custará noventa.
- Saci Pererê começa o ano com o pé direito.

Foto: Planeta Diário

sexta-feira, 26 de julho de 2013

As águas vão rolar...


Chegar a Salvador debaixo de um toró como o de ontem é desanimador, ainda que voltar prá casa, mesmo que aos pulos, seja reconfortante, até como contraponto à solidão e ao tédio da cidade alegre que deixei prá trás. Sempre que volto recebo do amigo Claudio, que trabalha na portaria do prédio onde moramos, a saudação “O senhor por aqui, veio trazer chuva...” Mas logo eu, que venho do sertão, que não chove, e que sou solar, ainda que esteja acostumado e contrariado com a cidade que tem um histórico de longos períodos de chuva nesta época do ano. Confio na alternância do clima, pois segundo soube na quarta feira fez um estável dia de sol.

Quem sabe São Pedro não resolva dar uma trégua... Pouco provável, já que o chaveiro do céu não aliviou nem pro Papa Francisco em sua peregrinação pelo Rio. E então, seja o que Deus quiser...

Foto: Porto da Barra

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Imagina na Copa ou nas Olimpíadas!

O descompasso entre as autoridades responsáveis pela segurança do Papa Francisco, em sua chegada ao Rio foi só o começo de outros desencontros que se sucederão até o final da Jornada Mundial da Juventude.

Terça feira à noite após o primeiro grande encontro religioso na Praia de Copacabana, entre apresentação de bandas, cantores e celebrações, jovens, participantes e peregrinos se viram ao término do evento mais perdidos que cachorro em dia de mudança. Pane no metrô no final da tarde, sem solução durante a noite, fez com que grupos enormes de religiosos se pusessem a vagar pelas ruas e avenidas do Rio, em busca dos ônibus urbanos quando estes, pelo horário, já procuravam o caminho das garagens, sem qualquer atenção àqueles que acenavam nos pontos pedindo a sua parada. Costume aliás que já faz parte de nossa rotina, motoristas que não param nos pontos, mas que devem ter causado espanto e perplexidade aos nossos visitantes. Grupos de religiosos caminhando pela Avenida Brasil e adjacências, tentando chegar em seus locais de alojamento, mais de duas horas da manhã, sem se darem conta do risco que corriam suas vidas, suas integridades, seus pertences.

Convenhamos, não temos estrutura, honestidade política e administrativa, nem capacidade de organização para sediar grandes eventos como os que já estão programados para acontecer por aqui, a exemplo da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio. Grandes eventos por aqui, só mesmo o Carnaval de Salvador, Recife e Olinda e o Desfile das Escolas de Samba do Rio. Mas o Carnaval não conta, por ser uma bagunça que por si só se organiza, pois se o poder público, e mesmo o privado, se aproxima é prá tirar proveito político ou financeiro, “e a gente não precisa/que organizem nosso carnaval/Não sou candidato a nada/meu negócio é madrugada/mas meu coração não se conforma/O meu peito é do contra/ e por isso mete bronca/neste samba plataforma” (João Bosco e Aldir Blanc).

Foto: Ilustrativa

Salve o Galo doido, o grande campeão.


O Atlético Mineiro sagrou-se ontem à noite Campeão da Copa Libertadores das Américas, o mais importante título do continente. Após um inicio brilhante o time mineiro foi se submetendo a cada partida a uma disputa heroica, tendo sempre que reverter o resultado em seu estádio em decorrência de derrotas em casa do adversário. Foram partidas dramáticas com gol nos minutos finais e disputa de pênaltis. Ontem não foi diferente.

Após perder por 2 x 0 em Assunção, no Paraguai, para o Olímpia, o Atlético que vencia por 1 x 0, conseguiu o gol que levaria a partida para os pênaltis, aos 41 minutos do segundo tempo. Mais uma vez o goleiro Victor foi um dos destaques do time campeão, pegando um dos cinco pênaltis cobrados.

Sou Cruzeiro, mas impossível não reconhecer o mérito do vencedor, algo inimaginável em termos locais tal a rejeição que nos desperta os torcedores do nosso rival, o Barcelona de Itinga. Salve o Galo doido, o grande campeão!
Charge: Cau Gomez

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Quem falou não está mais aqui...


Vou lembrar sempre de você cada vez que ouvir o seu solo de acordeom na gravação de Desafinado que Gal fez para Índia, seu disco de 73, quando parecia que o manifesto bossa-novista já tinha sido imortalizado com o registro de João. Nunca vou esquecer Lamento Sertanejo, uma parceria com Gil, tanto na voz de Gil como de Elba, esta com sua participação, pois também “Eu quase não durmo, quase não tenho amigo/quase que não consigo/ficar na cidade, sem viver contrariado”.

As suas parcerias com Chico foram além de “Isso aqui tá bom demais” um forró retado que embalou não apenas personagens da novela Roque Santeiro, nos anos 80, mas fez o país cantar e dançar como só o clima de anistia política podia trazer tanta alegria. Mas foi em Tantas palavras que a parceria com o grande artista iria produzir uma jóia musical e poética rara, onde frases de filmes são coladas como palavras ocas “que não tinham tradução/mas combinavam bem”, mas que formou uma canção admirável.
 
Esta pareceria ainda ia dar frutos como Xote da Navegação que Chico incluiu em seu disco As cidades e tem a companhia indispensável de seu acordeom para realçar versos como “Com o nome Paciência/vai a minha embarcação/Pendulando como o tempo/e tendo igual destinação/Prá quem anda na barcaça/tudo, tudo passa/Só o tempo não”. Um grande artista não morre, vira estrela.
 
Foto: Dominguinhos

Direita, esquerda, volver!

catolicos_e_evangelicos_23-07-2013

Charge: Simanca

terça-feira, 23 de julho de 2013

23.07.2011 - Dois anos sem Amy Winehouse.

Ainda que a causa da morte de Amy Winehouse permaneça como um segredo de familia, não importa nada saber, pois prevsível que o fim da grande intérprete seria o mesmo de Janis Joplin e tantos outros artistas do mundo pop que foram tragados pela solidão, pela impessoalidade de sua vida artística, pela dor e prazer de carregar o mundo sobre as costas.

A voz inconfundível de Amy continuará tão presente como há dois anos, acompanhando os mesmos passos trôpegos, uma identumentária descuidada, cabelos em desalinho, embaralhada entre fios e microfones, mas soberana nos agudos, nos graves, numa afinação precisa e uma verdade cortante na mesma linhagem de Billie Holiday entre outros exemplos e mitos.

Vídeo: Youtube

Em festa com Dany, familiares e amigos.

Como sempre faço nos finais de semana, fui a Morro do Chapéu desta vez por um motivo mais que especial, a participação nos festejos do aniversário da querida Dany, a filha que não tive, mas que tenho, junto a demais familiares e amigos. E estando lá nunca perco a oportunidade de ir à feira, aos sábados, tomar café na barraca de Dona Belza e comprar mangalô, andu, palma entre outros grãos e verduras que os feirantes da cidade alegre parecem desconhecer o cultivo e a comercialização.

Um destes barraqueiros onde sempre compro, recentemente me perguntou se eu era do Morro, tal a frequência como que apareço por lá. Respondi que meu domicilio é Salvador, mas que estou morando temporariamente em Piritiba, no que ele fez cara de reprovação e como se eu tivesse alguma culpa completou: “Ah! o senhor é de lá”... Quis saber a razão do espanto, da admiração, no que ele desfiou um rosário de penas com afirmações do tipo, “ninguém gosta de lá, povo estranho, metido, não fala com ninguém” e coisa e tal.

Fiz questão de afirmar que quando de fato morava por lá os atributos de hospitalidade e boa vizinhança eram marcas da cidade, mas as gerações que se seguiram devem ter esquecido ou desprezado o cultivo destas normas de civilidade. E jogando lenha na fogueira afirmei que é sintomático que hoje as festas com larga aceitação popular na cidade seja a cavalgada, a vaquejada, rodeio, que talvez reflitam o estado de espírito e de sociabilidade de seus habitantes. As exceções podem ou não confirmar a constatação.
Foto: Dany e pais.

Engarrafando o Papa Francisco.


Assim que pisou em solo brasileiro o Sumo Pontífice, o Papa Francisco, foi logo travando contato com uma de nossas principais características que é a improvisação, o amadorismo, a falta de organização, o nosso jeitão meio embananado de ser. Por falha na segurança, a cargo da Polícia Federal, que acusa a Prefeitura Municipal, que culpa a Polícia Militar, que põe nas costas da casa de Mãe Joana, a responsabilidade pelo trajeto da autoridade do Aeroporto do Galeão até o Centro da cidade. Como ninguém se entendia o Papa Francisco se viu às voltas em um enorme engarrafamento na Avenida Rio Branco, tendo o seu veículo cercado por ônibus, carro de populares, o comboio de sua segurança e por uma multidão que tomava todo o percurso por onde passaria a comitiva. Como diria Boechat, no Jornal da Band, uma esculhambação; ou como diria Noel, são nossas coisas, são coisas nossas.

O saldo do anárquico cortejo foi positivo para a população de fiéis, populares e curiosos que esteve do Papa Francisco uma proximidade que não fazia parte do script e, que foi bem conduzido pelo Pontífice que baixou os vidros do veículo e cumprimentou a tantos que o cercava, inclusive uma criança de colo que tomou às mãos.
Se o Papa é argentino, Deus deve ser mesmo brasileiro, como brincou Sua Santidade, para preservar e velar por sua integridade que em qualquer lugar do mundo correria perigo, e até aqui mesmo. Se este foi o começo da visita seria prudente que os órgãos a quem deveria cuidar de sua segurança, procurasse se entender antes que os ateus mascarados do “black bloc” botem prá quebrar em algum momento das manifestações que devem ocorrer neste período.

Foto: Papa Francisco preso no trânsito

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornada Mundial da Juventude.



A exemplo do que está ocorrendo com jovens de várias cidades brasileiras, aqui da cidade alegre 04 participantes da Igreja Católica local já se juntaram a outros jovens da cidade de Ipirá - Bahia e em caravana seguiram com destino ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude.

Lá participarão de todas as atividades da Jornada em especial a recepção ao Papa Francisco que deverá chegar hoje no Rio para o encontro com a juventude de várias partes do mundo

Que voltem fortalecidos em sua fé cristã, aumentando a sua participação na sociedade junto aqueles que necessitam de uma palavra de conforto, de uma atitude de renovação de um mundo novo, mais solidário, mais fraterno, mais humano são os nossos votos, nosso desejo. 

Foto: Símbolo da JMJ