sábado, 29 de novembro de 2014

Andando na m(*)


Charge: Amarildo

Ele voltou, o deus voltou novamente


Com direito a site na internet, está funcionando em Brasília, o escritório de Joaquim Barbosa

O ex-ministro se dedica “à advocacia consultiva e à participação em cursos e palestras”.

Fonte: Anselmo Gois

Beber cerveja não é engolir. É apreciar

Esteve recentemente no Rio, ministrando palestras e workshop o Professor de Alimentos e Ciências da Saúde, da Universidade da Bélgica o especialista em cerveja Karl Van Malderen. Com a palavra o “sommelier em beer”:

“Tentamos inovar e criar a melhor cerveja para acompanhar as refeições. Mas, em vez de fazer como os franceses com o vinho, escolhido para harmonizar com o prato, nós analisamos a cerveja e preparamos a comida para acompanhá-la. Se você come algo e toma um gole, e só sente o gosto da cerveja após o gole, isso não é um bom sinal. Nem o oposto. Nenhum pode sobressair.

Não posso negar, é bom ficar bêbado. Tento não beber demais, sempre sei o que estou fazendo, mas as bebedeiras acontecem. E no dia seguinte, a melhor maneira de curar a ressaca é voltar prá casa e tomar muita água. Se você beber na Bélgica como se bebe no Brasil, vai ficar bêbado. 

Beber cerveja não é engolir, é apreciar. Você deve ir pela qualidade. Se você bebe uma cerveja comum ou uma pilsen, tem algum sabor, mas não tem aroma. Acho que o jeito é beber menos, mas melhor. Experimentei uma cerveja brasileira, mas em lata, que não é o melhor recipiente para a cerveja, gostaria de tomá-la em forma de chopp”.

Fonte: O Globo

As águas pretas e sujas do Rio Tietê

Em principio pensou-se que as águas pretas e sujas que desciam do Rio Tietê a partir de Salto, em São Paulo, fossem resultado do banho demorado de milhares de paulistas, após dias e dias sem águas nas torneiras e nos chuveiros, e sem banho, aproveitando em estado de euforia as águas das chuvas que caíram no estado nos últimos dias. Mas não, foi mais que isso.

O Rio Tietê, um dos mais degradados do mundo, acúmulo de todos os tipos de detritos e resíduos industriais, com o impacto do volume de água recebido em consequência das chuvas da semana, revolveu todo o lixo acumulado em seu leito após a longa estiagem na região e veio a superfície em forte correnteza com águas que mais pareciam um fétido esgoto em ebulição. 

No dia seguinte este mesmo rio se apresentava com seu leito coberto de uma espessa camada de espuma branca, correndo na mesma intensidade e velocidade do dia anterior, como confirmação do longo processo de um crime ambiental dos mais preocupantes do solo brasileiro. Os nossos rios a cada dia mínguam e vão se transformando em repositórios dos dejetos produzidos pelos homens em nome do progresso e da civilização. “Eles que se danem ou não”.

Foto: Rio Tietê

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Saldão ministerial

Acampados aguardam o saldão ministerial na Black Friday

Com dificuldade para acomodar no governo todos os aliados de sua base de sustentação, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar amanhã a criação de 23 novos ministérios. A notícia virá no dia da Black Friday. A medida foi aplaudida pela Confederação Nacional do Comércio: “Os novos ministérios vão estimular a circulação de quadros nos corredores da Esplanada”, avalia Luiza Trajano, dirigente da entidade. “Político brasileiro adora uma promoção.”

O Planalto ainda não divulgou as áreas que serão contempladas. Analistas apostam que, além do Ministério da Referência e dos Animais Domésticos, dado como certo, Dilma criará uma pasta para tratar exclusivamente do Pronatec, a ser assumida provavelmente pelo futuro ex-ministro Guido Mantega.

A medida da presidente integrará um pacote governamental para a Sexta Super. Espera-se uma explosão de ofertas de centenas de novos postos em estatais. Até o fechamento desta edição, mais de 250 deputados da base aliada haviam confirmado presença no Facebook no evento “Saldão do Segundo Escalão”.

Fonte: The Piauí Herald

Pro dia nascer feliz

Não faça de tua vida um livro de contabilidade, pois nela nada há a ganhar ou perder, apenas tu e contigo todas as coisas. Era mais ou menos assim um dos parágrafos do Manual da Contracultura, escrito pelo Luis Carlos Maciel um dos colaboradores do Pasquim, nos anos 70, que aos poucos foi se desligando do inesquecível semanário, já que as suas preocupações políticas e comportamentais iam também se afastando do ideário do jornal. 

Era a filosofia do movimento hippie se espalhando em comunidades alternativas, a desilusão com a política a partir de maio de 68, o endurecimento do regime militar, entre nós, a difusão das drogas com a curiosidade por novos estágios de percepção, o uso da maconha como fuga e busca da alegria e do prazer de viver, eram novos tempos, tempo do “faça o amor, não faça a guerra” “faz o que tu queres, pois é tudo da lei”.

Não foi, mas valeu a experiência da procura de outros caminhos que a velha sociedade, que com suas regras e padrões, sufocava todo aquele que tentava e saia do seu tom, como uma velha música aturdida com outras sonoridades, outra poética, assim como alguém de 15 anos entoar “boemia aqui me tens de regresso”. Como “regresso” se o “barato” ainda nem havia começado prá nós?

Sociedade Alternativa – Raul Seixas
Sentado a beira do caminho – Erasmo Carlos
Blowin the wind – Bob Dylan
É proibido proibir – Caetano Veloso
Mamãe coragem – Gal Costa
Pó da estrada – Sá Rodrix e Guarabira
Summertime – Janis Joplin
Like a rolling stone – Bob Dylan
Panis et circenses – Mutantes
Let the sunshine – Coral do Hair

Foto: Ilustrativa

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ninguem gosta de apanhar, já o Vitória...


Lembrar que o Atlético Nacional, de Medellin, na Colômbia, pela Copa Sul Americana empatou com o Vitória na primeira partida, em casa, por 2 x 2 e ganhou a segunda no Barradão, por 1 x 0, não causa espanto. A surpresa se existiu, ela se escondeu debaixo de alguma mesa, como a nossa vergonha, pois foi só mais uma derrota do nosso rubronegro a que já nos acostumamos, feito mulher de malandro, a quem as porradas já se integraram ao cotidiano. (Por favor, Lei Maria da Penha, foi só uma referência a uma expressão cunhada pelo anedotário popular).

Mas, com o São Paulo, a próxima vítima dos colombianos foi pior, bem pior que a torcida do Atlético jogar pupurina azul em volta do Mineirão, na decisão da Copa do Brasil, ontem. Após a magra vitória por 1 x 0, igualando o mesmo placar dos colombianos no jogo de ida, os sampaulinos foram buscar a classificação na disputa de penaltis. Mas aí, o vexame bateu à porta, com o São Paulo só acertando uma das cobranças o que facilitou a passagem do Atlético Nacional para a final da Sul Americana, por 4 x 1. Ridículo!

Charge: Mário Alberto

Pra que discutir com a madame

Fim de ano chegando e alguns críticos de música popular e tantos colunistas já se movimentam na escolha dos melhores discos de 2014, como o é caso do Mauro Ferreira do jornal O dia, e um blogueiro bem informado e dos melhores da área. 

O colunista recentemente fez uma prévia daqueles discos que o impressionaram e que provavelmente farão parte de sua lista, como é o caso de Gilbertos sambas CD em que Gil revisita, em uma seleção, os três discos iniciais da carreira de João Gilberto, gravações que são pilares da bossa nova. Prá mim, estes discos são intocáveis e irretocáveis e a ninguém mais seria permitido deles se aproximar, a não ser de joelhos, como se fosse possível. Gil achou que era e o Mauro também, tanto que deverá ser um de seus escolhidos.

Vou na contramão. Já falei sobre o disco do Gil aqui, do desperdício de tempo e voz em um projeto que nada acrescenta às canções, nem a sua carreira. Estes sambas dos discos de João, e standards da bossa nova, estão tão impregnados de sua voz, seu balanço e divisão que nada mais há a dizer, então “pra que discutir com a madame” música. 

Há a voz de Gil colocada em um tom abaixo de sua natural força e estridência, deixando as canções como que carecendo de ajuda para a conclusão das frases musicais, onde apenas o seu violão soberano se sobressai e se garante como um quase virtuose, no mais, só o silêncio que ele, Gil, deveria ter ouvido.

Foto: Gilbertos sambas

Uma imagem

Nuvens negras sobre a capital paulista antes do temporal que desabou sobre a cidade esta semana. Foi água prá Cantareira nenhuma reclamar. Pelo menos agora vai dar prá tomar um banho antes das manifestações na Paulista, sem precisar que a limpeza pública jogue litros de creolina sobre o asfalto após a passagem da turba. “Eta branco sujão!”

Foto: Alex Silva - Estadão

Deu galo!

Nós cruzeirenses já entramos em campo, ontem, meio perdidos. Reverter um placar de 2 x 0, conquistado pelo Atlético, em seu Estádio Independência era tarefa quase impossível em uma decisão de titulo, como foi a Copa do Brasil. Independente do placar adverso, o Cruzeiro teve pela frente a equipe atleticana aguerrida de sempre, a velocidade, e não correria, na saída de bola e uma precisão nos passes poucas vezes vistas em campos brasileiros, além da força física e técnica de alguns de seus atletas.

Quanto à raposa restou a confiança em seus craques Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro e o oportunismo de Marcelo Moreno e Willian, marcados implacavelmente, pouco fizeram e nada puderam levar de perigo ao gol do bom goleiro Vitor, sem falar em um meio de campo que não pegava um rebote e não acertava os passes. Difícil! 

A vitória do galo foi justa e merecida, diante de um Mineirão com um público azul bem abaixo do esperado, mas uma partida que consagra o futebol de Minas como o melhor praticado no país. Esta é a Minas boa que admiramos, quanto àquela banda podre e cínica que nos ameaçava, o povo brasileiro, e claro o mineiro, pôde se livrar nas urnas. 

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Quem matou Odete Roitman?





Mesmo quem não assistiu a Vale tudo, novela que parou o Brasil no final da década de 1980, já ouviu a célebre pergunta: “Quem matou Odete Roitman?”. A trama está de volta em um “box” recheado de extras com reportagens e entrevistas especiais para os fãs e os novos espectadores.
 
Com temas sempre atuais, como a falta de ética e a corrupção, e discussões sobre alcoolismo e homossexualidade, Vale tudo, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, trouxe no elenco nomes como Beatriz Segall, Regina Duarte, Antônio Fagundes e Cássio Gabus Mendes.

Foto: Box Vale Tudo