domingo, 31 de maio de 2015

Colares, braceletes e panelas


Charge: Angeli

Uma imagem

Festa de “Nosso Senhor Jesus Del Gran Poder é um evento tradicional realizado na cidade de La Paz, Bolivia.

Foto: Estadão

Eles disseram...

Eu não sabia de nada – Marco Polo Del Nero – Presidente da CBF

Era um barulho ensurdecedor, mas um silêncio muito grande no coração. Como se a gente estivesse morrendo. Algo muito estranho – Angélica – Sobre o acidente com helicóptero.

Mas só eu? E os outros? – José Maria Marin – Ex-presidente da CBF

As pessoas querem ser felizes, amar. A família saiu um pouco desse formato imposto pela religião – Maria Berenice Dias – Advogada do Direito da Família

Assisti, mas deletei – João Rodrigues – Deputado Federal (PSD-SC) flagrado assistindo um vídeo pornográfico no Plenário da Câmara.

Foto: Angélica

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A morte devagar


Martha Medeiros

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
 
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
 
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Fragmentos

Canela fina

Chegaram à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de São Paulo, vídeos que mostram haitianos sendo escolhidos para trabalhar pela espessura de suas canelas. Os responsáveis pela seleção no Acre justificam: “quem tem canela fina gosta de trabalhar, já os de canela grossa são ruim de serviço”.

Com o material em mãos, o presidente da Comissão decidiu convocar uma audiência pública com representantes dos governos federal, do Acre e de São Paulo. A Assembleia também, programa mandar ao Acre comitiva de deputados para ver as condições dos haitianos “in loco”.

Fonte: Estadão

No creo en brujas, pero que las hay, las hay

No Largo do Pelourinho, está instalado o Museu da Cidade, um casarão na cor amarela ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado. Este Museu tem no seu acervo objetos pertencentes ao poeta Castro Alves, esculturas, tapeçarias da cultura baiana e o mais interessante, reproduções em tamanho natural de vários orixás entre outras entidades do candomblé. 

Um amigo nosso que prestou serviço no Museu, como funcionário da Prefeitura a quem a instituição está subordinada, conta algumas histórias que parecem saídas de filmes de suspense. Com todo respeito, nosso amigo, não é o que se pode chamar de um homem de coragem, longe disso e de gestos de heroísmo ou valentia. 

Segundo ele, as velhas portas do casarão, depois que entardecia, rangiam e batiam sem que ninguém se aproximasse ou passasse pelas mesmas. A saia de um orixás se desprendeu da cintura sem que nada justificasse a queda da indumentária. Certa vez, um “Preto Véio” que ficava em um canto de sala no segundo andar, apareceu no outro dia, misteriosamente, no andar de baixo, sem que houvesse qualquer mudança na disposição dos objetos promovida pela direção da casa. Ele num gesto invulgar, para a sua capacidade de enfrentar perigo ou fugir deles, se atracou ao “Preto Véio” para fazê-lo retornar ao seu lugar de origem. 

Qual o quê! As reproduções eram leves estruturas de compensado e papel, cujo peso se existissem vinham dos adereços e roupas, porém nada que não pudessem ser facilmente removidos de um lado para o outro. O “Preto Véio”, no entanto, se transfigurou num força medonha e um peso descomunal que nada de puxão, solavancos, empurrões abalavam sua firme convicção de que seu lugar era alí. E assim foi feito e nosso amigo resolveu não se indispor com o “Preto Véio”, mesmo que a direção do Museu viesse estranhar esta nova paginação da sala onde se encontrava a entidade, e assim fosse repreendido.

Pelo sim, pelo não, nunca mais entrei no Museu da Cidade, prefiro admirar a sua construção e imaginar as relíquias culturais ali guardadas, do que me arriscar a tomar um tombo de uma pomba gira desgovernada. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.

Foto: Museu da Cidade

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O antes e o depois


Assim que desencadeou o escândalo da FIFA com as prisões de autoridades do esporte e da entidade, o Presidente da CBF, Marco Polo del Nero, também estava em Zurique, onde irá participar do Congresso e eleição do mesmo presidente da FIFA.

De lá mesmo se apressou junto aos que ficaram na sede da entidade, no Humaitá, na Barra da Tijuca, Rio, em retirar o nome do indigitado ex-presidente, José Maria Marins, da fachada do modernoso e novo prédio da CBF.

Foto: Ilustrativa

A UFBA agoniza


Em pronunciamento na tribuna da Câmara Federal, a deputada Alice Portugal falou da crise que a Universidade Federal da Bahia (UFBA) está enfrentando, com R$ 28 milhões de déficit no orçamento. Alice falou do ato realizado na segunda-feira (25), convocado pelo reitor João Carlos Salles, em defesa da universidade, que reuniu mais de 1.500 pessoas.  

A UFBA enfrenta um contingenciamento mensal de 40% no orçamento, desde janeiro, situação que, de acordo com a instituição, se dá por conta do ajuste fiscal implementado pelo governo federal em diversas esferas.

Fonte: Tribuna da Bahia

Vexame!


O time é um retrato desfocado daquele que conquistou o campeonato brasileiro de 2014, mas é o campeão brasileiro e, isto poderia representar alguma esperança ou importância, mesmo de um futebol 7 x 1. Importância que, aliás, o River Plate não deu nenhuma, sepultando a esperança cruzeirense de seguir em frente na Copa Libertadores, diante de um Mineirão lotado com a torcida festa..., isto até começar o massacre aregentino.

A vitória do Cruzeiro, em Buenos Aires foi ilusória, mas se criou uma expectativa de que por aqui seria fácil garantir o empate e a classificação para as semifinais. Não foi o que se viu. Um time apático sem vontade de jogar, esperando que o tempo passasse e o passaporte para a próxima fase fosse carimbado. Não contavam com o rolo compressor do River Plate que atropelou feio, como costumam ser os times argentinos, que não se entregam nunca. Uma questão para a antropologia, jamais para o futebol.

Meme: Portal Terra