segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Um artista brasileiro

O mais novo filme do cineasta Miguel Faria Jr, que já tinha rodado o filme Vinicius, sobre o poeta e compositor Vinicius de Moraes, é dedicado a Chico BuarqueChico – artista brasileiro, que entra em exibição no final do ano.

A família Buarque de Holanda assistiu em primeira mão o documentário e se deleitou entre risos e choro com o desempenho do artista, que revela para o grande público um lado engraçado que só os familiares e amigos próximos conheciam. Resta aguardar nas telas dos cinemas.

Foto: Ilustrativa

Volver a los diecisiete

O programa Chico & Caetano que a TV Globo exibia mensalmente a cada sexta feira de abril até dezembro de 1986 promoveu encontros históricos na música brasileira. 

Sempre trazendo convidados ilustres como Mercedes Sosa, a grande intérprete argentina se uniu a Chico, Caetano, Milton e Gal em um quinteto inesquecível na interpretação de pura beleza em Volver a los diecisiete.

Vídeo: Youtube

Laços de Família - Lua, lua, lua, lua

Assim como carreguei Lucas nos braços e acompanho sua trajetória nos dias de hoje como cidadão exemplar e profissional com carreira promissora e de méritos já reconhecidos, tenho a enorme alegria de ver e ter em meus braços suas lindas meninas como Mel e Lua, esta boneca cuja imagem acima completa no próximo mês, seu primeiro ano de vida.

É a vida em seus ciclos renovadores dando voltas de luz e alegria para todos nós que tanto amamos a linda família que ele constituiu ao lado de Cris, Melissa e Luana, Beijos do tio e vó babão.

Foto: Cris

domingo, 30 de agosto de 2015

Prêmio Multishow

Ivete Sangalo escolheu Drão e Leãozinho, sucessos de Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente, para cantar no Prêmio Multishow, que acontecerá terça-feira, na Arena da Barra, no Rio. O número musical da baiana fará parte da homenagem que Gil e Caetano vão receber, no palco, pelos seus 50 anos de carreira. 

Além da cantora, Gal Costa, Anitta, Maria Gadú, Ana Cañas e Ana Carolina também participarão do tributo. Ivete será a apresentadora da premiação ao lado do humorista Paulo Gustavo.

Foto: Ivete Sangalo

Só eu posso chorar quando estou triste

Nunca é demais ler e ouvir relatos de vítimas da ditadura militar, de sua arrogância, truculência e desrespeito humano, até como contraponto aos “coxinhas” desvairados que ocupam a Paulista para pedir “intervenção militar”, morte aos comunistas e morte aos torturados. 

Mesmo que eu, você, nós todos saibamos o quão desprezível é esta gente pequena e perversa, que cinicamente ocupa as ruas do país, pedindo gesto de grandeza, enquanto se embriaga nos bares do Leblon.


“Na manhã de 27 de dezembro, Gil encontrava-se trancado no quarto com Sandra Gadelha, irmã de Dedé, mulher de Caetano, que ele começava a namorar. Matutavam, provavelmente, a própria revolução ou os rumos do Tropicalismo, quando Dedé bateu à porta: “Os militares estão aqui. Querem levar Caetano”. 

Foto: Gil

Eles disseram...

Tu sabe quem eu sou? Tu sabe quem eu sou? – Ivo Nascimento Pintaguy – ao motorista de taxi testemunha de um atropelamento, pedindo para que ele desligasse o carro.

O que tem sido chamado de espetacularização da Lava-Jato nada mais é que a aplicação do principio fundamental da Republica: todos são iguais perante a lei Rodrigo JanotProcurador Geral da República.

Gostaria de tirar a fato de um Brasil mais honesto – Laís Ribeiro – Modelo da Victoria’s Scerets que posta no Instagram fotografias sobre o país.

Não existe corrupção no futebol – Joseph BlatterPresidente da FIFA

Infelizmente a redução foi para os 16 anos, eu gostaria que fosse aos 14 - Paulo TelhadaDeputado Estadual (PSDB-SP).

Foto: Ilustrativa

sábado, 29 de agosto de 2015

As flores de plástico, não morrem

Um garoto de 12 anos que visitava uma exposição em Taiwan escorregou e se apoiou no quadro Flores, do italiano Paolo Porpora. A tela foi pintada há mais de 350 anos e está avaliada em US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 5,3 milhões. O momento foi flagrado por uma câmera de segurança e mostra o garoto tropeçando e se apoiando na obra.

O acidente provocou um pequeno rasgo na tela. Segundo a Focus Taiwan News, o museu não culpou o garoto. Ele estava distraído, com o fone de ouvido, não estava olhando para onde ia. Tropeçou e abriu um buraco na obra de arte. A obra foi retirada da exposição para ser restaurada, mas já foi devolvida para a visitação pública.

Foto: Flores - Paolo Porpora

Ah, sim!


Charge: Aroeira

Uma imagem

Proprietários de Fuscas durante encontro anual na Cidade do México.
Foto: Estadão

Denúncia colorida

Antenado com as tendências contemporâneas, Rodrigo Janot anunciou um novo formato para registrar suas denúncias. "Mandei ao STF um dossiê para colorir contendo provas irrefutáveis contra parlamentares", revelou. "Há desenhos de uma Ferrari, uma Lamborghini e um Porsche Panamera. Na última página, uma recomendação para pintar aquilo de roxo", completou, erguendo uma caixa de crayons.

Outros formatos também foram prometidos pelo Procurador Geral da República: "A denúncia de que Eduardo Cunha recebeu dízimo da Assembléia de Deus será esculpida em pedras que descerão dos céus. Também lançaremos um Álbum de Figurinhas com todos os investigados da Lava Jato", anunciou.

Pressionado pelo o risco de ter novamente seu mandato interrompido, Fernando Collor subiu na Tribuna do Senado e murmurou. "Se mais uma cassação se desenhar, eu já posso pedir música no Fantástico?", perguntou.

Fonte: The Piauí Herald 

Silêncio, João vai cantar!

“Nas interpretações de Maria Bethânia ou mesmo de Elis Regina, a letra cria microambientes a partir dos quais a intérprete se esbalda, fantasiando o que a letra lhe sugere (ironia, ternura, gravidade). Em João Gilberto, ao contrário, a letra perde momento para ganhar duração.

Tudo em João Gilberto quer de fato durar. Sua obra é uma máquina de duração, um gozo modesto, feito a partir de uma equalização extremamente rigorosa entre as partes que compõem o trabalho – devidamente comprimidas, podem agora retornar e retornar. Alguma coisa ali encontrou escala”. (Nuno Ramos).

Vídeo: Youtube (Triste - CD Amoroso)

Boi, bala, Bíblia e bola

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) em recente palestra no Rio, ao falar de nossa falta de representatividade política, nossa, do povo brasileiro, apresentou uma conta que é o retrato desta indigência pública.

A Câmara dos Deputados já conta com mais de 250 parlamentares alinhados naquilo que ela chama de Bancada BBBB, ou seja a tropa que defende os interesses do boi, da bala, da Bíblia e da bola, já que foram eleitos por estas entidades de classes e para elas existem e legislam (brincadeira!).

Foto: Ilustrativa (Bancada do Boi)

Eu quero ir minha gente, eu não sou daqui

O livro Gilberto, bem perto de Gilberto Gil e da jornalista Regina Zappa, que estou lendo, mas freando as páginas ante o impulso de não parar, reavivo fatos que presenciei, mas que a memória esmaece com o passar dos anos. Um destes fatos narrados no livro com o auxilio do próprio Gil e de relatos de jornal da época como o saudoso Jornal da Bahia, é o show de despedida de Caetano e Gil para o exílio em Londres, em show no Teatro Castro Alves, numa manhã de domingo de junho, de 1969..

Estive na plateia deste show, tomada quase que exclusivamente por estudantes, já que houve vendas de meia-entrada para esta sessão ao contrário da sessão noturna conforme determinação do Coronel Luis Arthur comandante da 6ª Região Militar da Bahia onde eles estavam presos. Lembro a chegada ruidosa dos cabeludos que em breve formariam os Novos Baianos, Paulinho, Moraes, Galvão e de uma frequência igualmente descolada e informal em suas mochilas, calças surradas, chinelos de couro, cabelos longos, meios hippies, meio estudantes colegiais ou universitários.  

Do repertório lembrava as novas Irene e Aquele abraço, mas o livro de Gil e Regina foi me trazendo a performance de Caetano para Cinema Olympia, o Hino do Bahia e ai foram se seguindo canções tropicalistas e de conhecimento geral como Atrás do trio elétrico, Superbacana, Procissão, Marcianita, Domingo no Parque, Frevo rasgado, Tropicália, Madalena, nas roupas coloridas e nos colares de Caetano e na pureza branca do roupão de Gil. “Como é que a gente voa, quando começa a pensar”.

Foto: Caetano e Gil

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

War is over

São muitas as biografias de John Lennon no mercado, mas existem poucas sobre aquelas que envolvem as atividades do artista após o fim dos Beatles. Este período é retratado pelo jornalista americano James A. Mitchel, na biografia John Lennon em Nova York – Os anos de revolução.

Um período em que Lennon se revelou um ativista político, portando cartazes pela paz e fazendo instalações com sua companheira Yoko Ono contra as injustiças, o que gerou muitas críticas por parte daqueles que procuram dissociar a imagem do artista a do cidadão, como se não fossem a mesma pessoa. 

Hoje, diante da conturbação mundial que vivemos onde as injustiças, o ódio, a discriminação, o racismo se espalham de modo cada vez mais perturbador, as atitudes de Lennon fazem falta, embora seja grande o número de artistas e cidadãos que hoje se insurgem contra a banalização da vida e do desrespeito aos direitos humanos.

Foto: John Lennon

Festa na rua

Acontece hoje, no Largo Tereza Batista, no Pelourinho horário das 10,00 às 16,00 horas, o Festival de Arte de Rua A programação é gratuita e reúne oficinas de grafite, teatro, cordel, muralismo, circo; apresentações de teatro, música, dança e outras expressões de arte de rua.

O festival, que compõe a campanha Museu eu Curto, abre com show de Portela Açúcar, às 10,00 horas; e encerra com Banda Lição Final, às 15,15 horas. 

Foto: Ilustrativa

Estação Primeira de Mangueira

O diretor de documentários Márcio Debellian que fez o filme O vento lá fora, em que Maria Betânia e a professora Cleonice Berardinelli leem poemas e trocam ideias sobre os poemas de Fernando Pessoa, tem novo projeto para a cantora.

Tema da Escola Estação Primeira de Mangueira, para o Carnaval de 2016, Betânia acompanhará toda a movimentação da escola nos preparativos do enredo, como a escolha do samba da escola no dia 03 de outubro. 

Espera-se melhor sorte para a Mangueira que o enredo em homenagem aos Doces Bárbaros, Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu, que por pouco não rebaixa a escola para o segundo grupo. 

Foto: Ilustrativa

Não vale o que se vê

Só mesmo a paixão pelo futebol pode justificar a frequência das torcidas aos campos de futebol, neste momento da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro da serie A e mesmo alguns jogos da serie B. Ou que outra explicação teria para o torcedor, em sua maioria, sair das periferias das grandes cidades, à noite, se expondo aos perigos de nosso infeliz cotidiano policial, chegar em casa nas primeiras do dia seguinte a uma quarta feira, para assistir algo pavoroso como Flamengo e Vasco, em um Maracanã, lotado. Somente a paixão ao futebol, ao seu clube, pode justificar a aventura.

Do contrário é a espera de um milagre, pagar ingressos em geral caro para o nível das partidas, assistir uma boa partida do que restou deste futebol 7 x 1. E como geração espontânea, algo que surge do nada e de repente você pode ter o prazer justificado de seu ingresso para ver uma partida do Santos e a excelência de seus jovens atletas como Lucas Lima, Gabriel ou Geovânio, ver o Gabriel Jesus do Palmeiras ou Marlon do Corinthians ainda que tenhamos o desprazer e o desperdício de bater de frente com o Emerson Sheik da vida.

Foto: Ilustrativa

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Que horas ela volta?

Estréia hoje nos cinemas das grandes cidades do país, o novo filme da diretora Anna Muylaert, a mesma do bom Durval discos, desta vez em terreno menos palatável o, Que horas ela volta?, expõe algumas contradições de nossa sociedade escravista e racial.


Precedido de prêmios ganhos no Festival de Sundance, nos EUA, para as atrizes Regina Casé e Camila Márdila, o filme já faz carreira em salas da França e Itália, recebendo elogios que podem levar a uma indicação ao Oscar, como melhor filme estrangeiro. 


A disputa por uma vaga em Arquitetura na USP, tanto pela filha da empregada como pelo filho da patroa, já sinaliza que choques sociais ocorrerão na história. É esperar prá ver.  

Fotos: Ilustrativas

O camelo e o fundo da agulha

A ideia da Presidente da República, Dilma Rousseff, em levar ao Congresso Nacional um projeto que fixa a taxação de grandes fortunas é uma tentativa de aproximação com os movimentos sociais, ressabiados com perdas trabalhistas e projetos como a da terceirização, além de afagar parte da esquerda furibunda da vida com o tal do ajuste fiscal e o Ministro Levy

Claro que os milionários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal não querem nem ouvir falar no tema, bem como os senhores endinheirados a quem eles servem e não por acaso mandam no país. É um vespeiro em que ela irá se meter, aliás, mais um, neste vendaval diário a que está submetida, sem trégua, e vítima deste conluio entre a direita, imprensa e os aloprados tucanos ávidos pela carona na presidência que não conseguiram no tempo regulamentar. 

Foto: Ilustrativa

Os caras de pau


Charge: Angeli

O Boechat voltou

Ouvinte, quase assíduo, da Band News FM, pela manhã, pelo menos entre 7,30 e 8,00 horas, vinha sentindo ultimamente a ausência de Ricardo Boechat, na equipe de apresentadores e seus comentários sempre pertinentes, às vezes mordazes e debochados característicos do grande jornalista que é o Boechat. Seus colegas falavam de uma recuperação sem precisar o quê, deixando claro que não eram férias, nem licença.

Hoje, Boechat voltou e falou de sua ausência e do grave mal que foi acometido. Ainda no camarim da emissora, de repente, nada em sua memória fazia sentido, seus pensamentos saiam de modo desconexo, uma espécie de estado catatônico e medo, além de forte pressão sobre o peito. 

Avisado à família, o jornalista foi levado à emergência de uma clinica, quando foi diagnosticado o inicio de um estado depressivo e de síndrome de pânico. Entrou em tratamento por quase quinze dias e hoje a sua volta foi comemorada por seus colegas e ouvintes que passaram a ter conhecimento da aflição vivida por ele, estes dias, sem uma causa aparente para tanto transtorno. É o mal do século, a que estamos sujeitos.  

Foto: Ricardo Boechat

Calma, santa!

O deputado-pastor Marco Feliciano entrou na Justiça com pedido de censura ao site Sensacionalista. Cobrava indenização e ainda pedia segredo de Justiça

O Juiz Raimundo Silvino da Costa Neto, da 7ª Vara Cível de Brasília, disse não para tudo.

Fonte: Anselmo Gois

A noite - Tiê

A jovem cantora paulista, Tiê, de voz doce e composições sempre autorais que refletem sua vida, seus momentos, até mesmo domésticos, é um exemplo do que comentei no post abaixo, quando os artistas saíram das gravadoras para trabalhos independentes. Tiê veio da produção independente, em seu primeiro disco, Sweet jardim, com boa aceitação pelo público, daí foi contratada por uma grande gravadora, a Warner.

Claro que a produção é outra, bem a como a disponibilidade de recursos também, pois coloca a sua disposição condições técnicas que um disco independente não teria, por mais corporativo que ela venha ser. Mas, na Warner, Tiê gravou seu segundo disco A coruja e o coração que emplacou uma música, Piscar o olho, em trilha sonora de novela global o que ajuda a alavancar um disco, ou torná-la conhecida do grande público.

Mas, a obrigação do terceiro disco deu um parafuso na cabeça de Tiê que não tinha repertório pronto, e a gravadora queria um disco para o final do ano passado. Sob pressão a cantora recorreu aos amigos, foi a Nova York se encontrou com o produtor e compositor David Byrne (ex-Talking Heads) de quem era amigo de amigos comuns que lhe deu algumas dicas e sugestões, para o novo trabalho. 

Ela se recolheu num sítio da família em Esmeralda – Minas Gerais e deste disco uma das faixas foi parar em mais uma novela global, I love Paraisópolis, o grande sucesso do disco. A faixa é A Noite, versão de uma canção de sucesso, italiana, e que Tiê imprime uma doçura que é uma de suas características mas, o disco tem outras canções bem bacanas. Ouçamos, com Tiê, A noite, em vídeo do Youtube.    

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Uma imagem

Projeto Arara-azul lançou a segunda campanha “Adote um Ninho”, para a preservação da ave do Pantanal
Foto: Estadão

Sem amarras

O declínio das grandes gravadoras multinacionais impulsionado pela pirataria e pelas novas tecnologias, que facilitaram a troca de arquivos sonoros disponibilizados pela internet, através de downloads, provocou um arejamento no mercado musical de todo o mundo. As gravadoras que detinham a exclusividade sobre um número incalculável de artistas foram reduzindo este domínio a apenas àqueles artistas que davam retorno imediato, que eram lucrativos para as empresas.  

Assim, aqui entre nós ficaram uns gatos pingados e a tropa de sertanejos, estrelas e estrelinhas do axé e de pagodeiros sem noção como contratados, dando à grande maioria uma carta de alforria, sem atropelos e sem amarras. E cada um pode tocar a sua carreira do modo que lhe aprouvesse, sem obrigação de ganhar discos de ouro pelas vendas dos discos, nem a neurótica procura de um sucesso popular.

A internet foi então a ferramenta que muitos artistas precisavam para lançar um trabalho, ser ouvido e conhecido por um contingente de admiradores e seguidores que talvez nem fosse possível se atrelado a uma dessa grandes gravadoras. Vejo isso com freqüência no programa Estúdio Móvel apresentado pela baiana Liliane Reis, no TV Brasil, que nos põe em contato com bandas, músicos e artistas que jamais teriam esta oportunidade se não fosse esta facilidade de produzir discos em pequenos estúdios, quando não no quarto ou em salas de suas casas. 

Além da facilidade de arregimentar músicos e artistas para estes trabalhos a custo zero, de modo cooperativo e, movidos pela amizade e pela troca de experiência entre eles. Sem contar com o fato de ter a participação em seus trabalhos de artistas consagrados, mas que também tocam as suas carreiras de modo independente, sem precisar de autorização da gravadora para participar do trabalho de um jovem artista, com que guarda uma identificação musical. E a liberdade abriu suas asas sobre todos.

Foto: Estúdio Móvel e Liliane Reis

Fumar, sem fumar

Ex-fumante desde 25 de maio de 1980, não estou imune aos malefícios do cigarro, já que segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte do mundo, atrás apenas do tabagismo ativo e do álcool. 

Embora esteja sempre fugindo do fumante ao lado, como o cão da cruz, sempre ficamos expostos ao desconforto da fumaça ao lado, por mais que nos últimos anos tenha se restringido esta atividade em locais públicos.

Mas, já fui fumante e sei como todos eles são, como devo ter sido um dia, inconvenientes, egoístas, umbigos do mundo, indiferentes aos freqüentadores do mesmo espaço que eles, por mais que pratiquemos gestos de irritação, desprezo, grosseria mesmo contra as suas presenças, eles não desistem e fazem olhar de paisagem, ouvidos de mercador, impessoais que são. Toda a fúria contra os fumantes!

Foto: Ilustrativa

Um túnel no fim da luz


Charge: Mário Alberto

Vivendo do ódio

Nesses tempos de nervos à flor da pele e agressivos embates políticos, a filósofa Márcia Tiburi vai lançar, pela Editora Record, o livro Como conversar com um fascista – reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro.

Segundo a autora o livro propõe o diálogo como forma de resistência ao que ela chama de “banalização do mal”. “O termo fascista é forte, mas desejei sinalizar para o cancelamento do diálogo entre pessoas e setores da sociedade”, diz. “Os fascistas são os que vivem do ódio e estão fechados ao outro”.

Foto: Ilustrativa

As marolas do mar de Minas

A história é meio novela, meio delírio, mas virou assunto da vez nas cidades da divisa da Bahia com Minas Gerais e reacendeu o sonho dos vizinhos de terem, enfim, um litoral para chamar de seu. Segundo reportagens publicadas esta semana pelo jornal O Estado de Minas, uma faixa do Extremo Sul baiano, com 12 quilômetros de largura por 142 de extensão, pertenceria na verdade ao patrimônio mineiro.

O trecho, por onde passava a extinta Ferrovia  Bahia-Minas, mais conhecida na região como Baiminas, teria sido concedido pelo imperador Dom Pedro II à companhia dona da estrada de ferro. Esta ligava Araçuai, no Vale do Jequitinhonha, à praia de Ponta de Areia, em Caravelas, cidade turística da Costa das Baleias.

Em 1910, o governo de Minas supostamente comprou as terras, à época hipotecadas ao antigo Banco de Crédito Real do Brasil. Agora, diz o jornal, uma força-tarefa está à cata de documentos para tentar comprovar a existência do que já foi apelidado como “Mar de Minas”. 

Compreendemos a frustração de Minas pela ausência do mar em seu território, mas a história deve ser guardada apenas nas canções que registram o clamor mineiro pelo mar, ou na reverencia da bela Ponta de areia composição de Milton e Fernando Brandt, que fala desta estrada que ligava Minas ao mar. Só isso, já que Porto Seguro Arraial D’Ajuda, Trancoso, além de Salvador continuam de braços abertos aguardando vocês.

Fonte Satélite

Sangue Bom

Com o mesmo nome da atração da Globo FM – Salvador acontece neste sábado a primeira edição do festival Sangue Bom, programa apresentado pelo crítico musical Hagamenon Brito, o festival manterá a mesma proposta do programa que é investir e divulgar novos nomes da MPB.

A apresentação será no Museu du Ritmo, no Comércio, local onde Carlinhos Brown faz os seus ensaios de verão, pré-carnavalescos, o Sangue Bom acontece no sábado, dia 29, a partir das 16 horas com uma programação imperdível, trazendo Márcia Castro, Vivendo do Ócio, Céu, Dão e Filipe Catto, com ingressos de R$40,00. Se lá estivesse, lá estaria.

Foto: Céu

terça-feira, 25 de agosto de 2015

As uvas do Morro

Morro do Chapéu se prepara para expandir o cultivo de uvas e tornar-se a nova fronteira para produção de vinhos no Nordeste. O plantio de uvas começou em 2010 a partir de uma parceria entre produtores, prefeitura, governo estadual e a União das Cooperativas da Região de Champanhe, na França, num investimento inicial de R$ 350 mil.

Foram colhidas três safras, numa área experimental de 1,5 hectare (pouco mais de uma quadra). Os resultados entusiasmaram enólogos e produtores, que já plantam para fins comerciais. As condições climáticas e de altitude são ideais para uvas de boa qualidade. Morro do Chapéu é um município situado a 1.200 m acima do nível do mar e recebe duas vezes mais chuva que Petrolina e Juazeiro, principal polo vinícola do Nordeste

Com uma temperatura média anual é 19°C, semelhante à da região de Bordeaux, com amplitude térmica diária de 6°C a 32°C. A primeira colheita comercial deve ocorrer em dois anos. Na fazenda Progresso, uma das maiores da região, está sendo plantados 14 hectares. Falta ainda atrair vinícolas. 

A chapada deve focar vinícolas de pequeno e médio porte para produzir vinhos de qualidade, afirma o idealizador do projeto, Jairo Vaz. A ideia não é concorrer com o Vale do São Francisco, que produz 7 milhões de garrafas por ano, mas complementar a produção de lá.

Fonte: UOL

E o mundo não se acabou

A julgar pelos preços dos ingressos cobrados para a turnê nacional de Caetano e Gil, iniciada em São Paulo, vivemos mesmo o melhor dos mundos ou o mundo de alguns apaniguados não acabou como previu o “manero” samba de Assis Valente.

Os preços para as apresentações em Brasília, no Auditório Máster do Centro de Convenções Ulysses Guimarães estão assim distribuídos: Poltrona superior, R$300,00; Poltrona especial, R$500,00; Poltrona Vip lateral, R$600,00 e Poltrona Vip central, R$700,00. Como falei pro meu genro, melhor esperarmos o DVD (pirata).

Foto: Caetano e Gil

Salvador, eu estou aqui!

Conforme a Tribuna da Bahia, de hoje, uma propaganda do governo estadual que estreou no sábado à noite definitivamente colocou o governador Rui Costa (PT) no centro das intervenções governamentais em Salvador.

Em tom emocional e com imagens e depoimentos fortes, a peça publicitária mostra uma moradora de Alagados, um dos bairros periféricos da cidade, esquecido pelas autoridades desde que se constituiu como tal, relatando tudo o que passou no local, inclusive de um incêndio que presenciou ali, onde muita gente perdeu tudo o que tinha.

As cenas são acompanhadas das intervenções promovidas pelo governo na área. A peça já começou fazendo sucesso e muita polêmica, entre as quais a que questiona porque o governador tem dado tanta atenção à capital baiana.

Foto: Alagados

Com a cuia na mão

Um dos tantos sinais de incerteza e indefinição com que trabalha o governo e seu caixa estourado é o pagamento da antecipação do 13° salário aos aposentados. Há mais de 6 anos foi instituído a antecipação do beneficio para os meses de setembro e dezembro com o pagamento da primeira metade junto ao beneficio de agosto e os 50% restante no final do ano.

Este ano foi anunciado inicialmente que não seria paga a antecipação, e o beneficio total só Deus saberia quando, talvez adiado para o próximo ano. A repercussão negativa foi muito grande e o governo voltou atrás. Este final de semana foi anunciado que seriam pagos 25% em setembro, mais 25% em outubro e o restante em dezembro.

Nesta segunda feira, mais um recuo. Ao contrário do que queria a equipe econômica, o governo anuncia que pagará mesmo os 50% de adiantamento em outubro e o complemento em dezembro, com defendia o Ministro da Previdência. Vivemos tempos nebulosos que a “bagaceira chinesa” potencializa o que nos espera de nos próximos rounds.

Foto: Ilustrativa

Feira da cidade

Num final de semana ensolarado, a Feira da Cidade armou suas tendas no Pelourinho, mas precisamente no Terreiro de Jesus com as opções de gastronomia, artesanato e comercialização de produtos variados como cerveja artesanal, discos de vinil, objetos de decoração e mais.

Após percorrer os bairros da Barra, Imbuí, Jardim dos Namorados, Ribeira e Centenário, a Feira chega ao Centro Histórico da cidade. Desta vez, quem transitava pelas barracas da Feira, como nós, domingo passado, podemos apreciar um conjunto de choro em exibição durante toda a tarde com um frequência de público muito grande. Uma iniciativa já vitoriosa da SELTUR – Empresa de Turismo S:A, órgão da Prefeitura Municipal de Salvador, que substitui a antiga Emtursa.

Foto: Ilustrativa

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Parlamentares 171

Mais da metade da Câmara, 273 deputados, é alvo de inquéritos ou ações em tribunais de todo o país. 

No Senado, são 45 os parlamentares investigados ou réus. Os dados são do projeto Excelências, da organização Transparência Brasil.

Foto: Ilustrativa

Eles disseram...

Nós, brasileiros, precisamos assumir a ousadia que os canalhas têm – Ministra Carmem Lúcia – Ministra do STF.

O dinheiro que tínhamos guardado acabou. E a culpa não é minha. Eu estava bem quieto no setor privado, vim pra cá tentar organizar o governo – Joaquim LevyMinistro da Fazenda.

Tiranos sempre caem – Procurador Geral Rodrigo Janot – Sobre o Presidente da Câmara Eduardo Cunha

Pensei que só teria algumas semanas de vida, mas fiquei muito à vontade – Jimmy Carter – ex-presidente americano – Ao descobrir que um câncer removido em seu fígado se espalhou.

Renúncia não faz parte do meu vocabulário e nunca fará. Assim como a covardia – Eduardo Cunha – Presidente da Câmara de Deputados.

Foto: Ilustrativa

sábado, 22 de agosto de 2015

Uma imagem

Motorista leva três carneiros dentro do carro em Srinagar, na Caxemira indiana.

Foto: Estadão

Ah, bom!

Em fevereiro, quando Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara, o pastor Silas Malafaia postou no twiter: Vitória espetacular, humilhou governo e PT. Vão ter que nos aturar.

Ontem, após o deputado ser denunciado por corrupção, o pastor Silas Malafaia escreveu na rede: Nunca apoiei Cunha para deputado, o deputado que apoio no Rio é Sóstenes Cavalcante.

Foto: Eduardo Cunha

Um fim do túnel sem fim

É mais que vergonha o que se sente ao ouvir da direção da Construtora Camargo Corrêa que vai devolver aos cofres da União a baba de R$700 milhões, fruto do roubo e da corrupção. Não sei se isto é gente, ET, lunático que permitem desmando como este entre tantos outros. 

Meu Deus! Onde erramos diante da tanta safadeza e ignomínia para merecermos esta indecência. Voltarmos a Macunaíma, aos indígenas, a Lampião, a Horácio de Matos, tudo gente boa e inocente junto a esta patifaria governamental, não nos redimirá. Talvez 39 ministérios possa explicar esta barafunda. 

Foto: Ilustrativa

Los Micrófonos

Mais um evento cultural movimenta a cidade este final de semana com uma programação intensa no Teatro Gregório de Matos e Espaço Cultural da Barroquinha, além do suporte gastronômico do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha. É o IC9 - Interação e Concetividade - em sua 9ª edição com espetáculos de teatro, música e dança.

Ontem, por exemplo, vi no Gregório de Matos a apresentação do duo espanhol, Jorge Dutor e Guillem Mont, em Los Micrófonos. Imagino a dificuldade dos atores em apresentações para espectadores cuja língua não seja a sua, e mesmo que haja o entendimento do que é dito em cena, por parte da plateia, a empatia do espetáculo com o público é esparsa. Diferentemente da música que é algo sensorial, que nos absorve e emociona ainda que não saibamos uma palavra sequer do que é pronunciado.  

Imagino que para driblar esta dificuldade de comunicação, os espanhóis partiram para o deboche ao citar exaustivamente, em entonações diversas, nomes de personalidade do mundo pop e artístico, imprimindo um tom dramático nesta repetição como se fosse um diálogo de uma grande dramaturgia. Vem daí a interação com a plateia e seu riso nestas citações coreografadas em que os nomes de Celine Dion (hilária), Amy Winehouse, Justin Timberlake, Alejandro Sanz (riso solto) Kurt Cobain, Shakira e até Xuxa são ditos entre expressões de alegria ou desespero. Muito engraçado.

Foto: Los Micrófonos

Tango do mal

A primeira vez que ouvi Tango mal, chamou a minha atenção não apenas a voz possante de mais uma jovem cantora brasileira, Simone Mazzer, mas a letra da composição que me remeteu ao repertório de Eduardo Dusek. Impressão que se manteve durante os versos, cheios de tiradas irônicas em toda a canção, em construções de frases recheadas de termos que se opõem, mas que ganham sentido, quando não um riso e a sensação da ausência de uma pedante seriedade de quem quer ser levado a sério demais.

Com o Luciano Salvador Bahia, não. Músico e arranjador de muitas estrelas do axé e da MPB local, o compositor não economiza o escracho na letra de Tango do mal, que Simone eleva às alturas numa dramaticidade cafona, própria do tango e dos ritmos latinos em geral. 

Do meu conhecimento é a primeira composição do bom músico Luciano Bahia a alcançar a grande mídia, graças a inclusão da música na trilha sonora desta mixórdia global, que atende pela alcunha de Babilônia. Alguma coisa tinha que se salvar e, foi o Tango do mal, num reconhecimento ao talento do músico e da promissora Simone Mazzer.

Vídeo: Youtube