É outono (não aqui)

É outono. Uma estação que só conhecemos de citações em textos literários, poemas românticos ou canções populares, como Folhas de outono, do Rei, em que outono só aparece no titulo, já que no corpo da canção o sinal de outono são apenas as folhas que caem e, o inverno já chegou. Então é isso, o outono se caracteriza pela caída das folhas, embora aqui na caatinga, no sertão, as folhas caem pela seca, pela falta de chuva, pois por aqui mesmo só existem duas estações: o verão com chuva e o inverno com sol. O resto são incorreções climáticas.

Já em Morro do Chapéu, onde me encontro neste final de semana, já é inverno, ou o seu inicio, nada de outono e folhas caindo. Já não se experimenta o frio que já lhe foi tão característico nestes meses de abril e maio, mas a temperatura à noite, em suas ruas e praças, traz a boa sensação de que o ar condicionado central foi ligado sem sobressalto ou pressa às roupas pesadas, gorros, luvas, cachecol. Um frio bom, que combina com a cerveja também fria, nestas noites morrenses.  

Foto: Morro do Chapéu

Nu com a minha música

Não faz muito tempo, que o lançamento de um novo disco de Marisa Monte, era aguardado com ansiedade, que se transformava em um acontecimento no meio musical. Não que ela tenha deixado de lado a irretocável qualidade de seus discos, nada disso, pois Marisa continua sendo uma grande referência para novas intérpretes e, um nome cultuado no panorama do “show business” nacional e mesmo fora daqui.

Mas, acontece que ela deixou de ser a voz guia feminina de nossa música, como foi por algum tempo, com a chegada de novas cantoras, a exemplo das paulistas, Céu e Tiê, que embora devam ter se espelhado, na impecável intérprete de Dança da Solidão, adquiriram vida própria e público específico para as suas trajetórias musicais.

O CD Coleção que hoje chega ao mercado e às plataformas musicais como streaming em vendas de faixas previamente escolhidas ou todo o conteúdo virtual do disco, é como o próprio nome diz uma compilação de faixas que ela realizou em projetos de amigos ou faixas em disco de viés beneficente, e que nunca fizeram parte do repertório de seus discos oficiais. 

É aguardar pra ouvir, confiando na qualidade e no bom gosto da intérprete. Os apressados podem entrar no site oficial da cantora e ouvir Coleção, como eu que comecei ontem à noite, ouvindo o regravação de Nu com a minha música, de Caetano, em registro de Marisa, Rodrigo Amarante e do americano Devandra Banhart. Bacana!

Foto: Capa de Coleção

A 100 dias da Olimpíada

O London Eye iluminado com as cores da bandeira brasileira marca os 100 dias para a Olimpíada.

Foto: Estadão

Fora daqui!

A atitude agressiva (e por vezes violenta) dos taxistas de Salvador contra o sistema de transporte através de aplicativo UBER, atingindo não apenas motoristas, mas também usuários, foi contemplada com a rejeição por unanimidade pela Câmara de Vereadores em votação do projeto, na tarde de ontem.

Compreende-se a dissociação dos operadores do aplicativo UBER com encargos e cobranças que recaem sobre os motoristas de táxis, que veem na concorrência um mal à categoria, sem se dar conta de que a população também poderia ser ouvida quanto à implantação do sistema. Mas, o Prefeito que já havia se declarado contrário ao sistema sucumbiu aos apelos e ao rolo compressor dos taxistas e, formou opinião no que foi seguido pelos seus e dos outros, vereadores. Claro que de olho nas próximas eleições.

Quem utiliza o serviço de táxis em Salvador sabe o quanto de sua deficiência, quando não da sua desonestidade, da má conservação dos veículos, das condições sofríveis de higiene e educação destes condutores. O UBER era na pior das hipóteses uma alternativa, outra opção ao claudicante serviço de transporte público na cidade, mas não foi assim que as autoridades públicas entenderam. Prefeito e Vereadores não utilizam nenhum tipo de transporte público.

Foto: Ilustrativa

No creo en brujas, pero que las hay, las hay

Enquanto isso na calada da noite, no Palácio do Jaburu, em Brasília, políticos do PMDB e PSDB tramam a composição do governo usurpado.

Fonte: 45.media. trumblr.com

Como Pôncio Pilatos

Charge: Aroeira

Baticum

Recentemente ouvindo Baticum, uma composição de Chico e Gil, gravada pelo tropicalista em seu disco “O eterno deus mu dança”, procurei os sites que me municiam de download pagos ou gratuitos, para colocá-la na seleção do celular.

O primeiro Baticum que encontrei, baixei. Só que ao ouvir, constatei que havia gravado e colocado no setlist outro Baticum, tão esperto quanto ao dos eternos compositores, mas gravado por uma outra voz, também nova.

Era o Pedro Miranda, uma das vozes renovadoras do samba na Lapa, interpretando o Baticum de autoria de Mauricio Carillo e Paulo César Pinheiro que em versos sensuais descreve o encanto e a sedução que uma cunhã lhe causou:

... Aquela nativa
Amiga dos bichos
Também tem caprichos
Como qualquer um
Aquela indiazinha
Cunhã de uma figa
Adora cantiga
Que tem baticum

Por isso é que eu canto
Cabocla morena
Na noite serena
Bebendo cauim
Um dia eu te atraio
E faço contigo
Umbigo com umbigo
Nosso curumim.

Vídeo: Youtube (Baticum - Pedro Miranda)

Sucessão (AM/FM) em Salvador

O tabuleiro sucessório de Salvador ainda não está posto, mas os candidatos já se insinuam ou fazem ouvido de mercador, quando o seu nome é citado, assim como nem vivo, nem morto, mas com um pé na água outro no fogo, ou os dois mesmos. 

Entre eles o cândido Sargento Isidório, deputado baiano pelo PSB, ex-homossexual confesso, (agora só falta aparecer cabeça de bacalhau e enterro de anão) que não perde a oportunidade de sair em disparada, atirando em seus antigos colegas de cama, mesa e bar, quando o assunto é a busca da cura da homossexualidade, esquecendo o prato em que comeu, ou foi comido.

A sua candidatura ocupa o lado folclórico da disputa, não por falta de evangélicos para avalizar a sua causa, mas eles os evangélicos sabem a quem se aliar quando está em jogo o poder, qualquer poder e vão se contentando com um assento na  não menos folclórica Câmara de Vereadores de Salvador ou na Assembléia Legislativa do estado.

Quem tem bala na agulha mesmo é o atual prefeito, montado em sua alta popularidade que amedronta e afasta qualquer postulante ao Palácio Tomé de Souza. Mas, comenta-se que o prefeito Netinho até abdicaria da reeleição, temendo um cenário de contenção de gastos e de verbas curtas no decorrer dos próximos anos haja o que houver na esfera federal. 

Este possível desgaste talvez viesse comprometer a disputa, que em verdade lhe interessa, ao Governo do Estado, concorrendo com o Ruy Costa que deverá tentar a reeleição. São especulações, já que política é como o vento, cada dia pode estar de um lado diferente do dia de ontem. 

Foto: Palácio Tomé de Souza

Tá amarrado!

O vice-presidente Michel Temer recebeu hoje, a benção do pastor Silas Malafaia no Palácio do Jaburu, em agenda oficial. O pastor, líder do Ministério Vitória em Cristo, da Assembléia de Deus, orou pele peemedebista e desejou sorte em seu provável governo.

Crítico voraz de Dilma e dos filiados do Partido dos Trabalhadores, Malafaia é um dos ícones do movimento "pela família", que busca cercear os direitos de homossexuais, tendo ao seu lado nesta cruzada, a bancada evangélica e deputados como Marco Feliciano e Jair Bolsonaro.

Fonte: Tribuna