Em qualquer agenda cultural com a programação
da semana, pode ser lido em todas as mídias da cidade que se dedicam a estas informações,
que as quintas, sextas e sábados estará em cartaz no Espaço Xisto Bahia da Biblioteca
Central, o espetáculo Nú buzú
com direção e atuação de Tânia Toko,
a Neuzão de Ó paí ó. Na entrada do teatro um enorme painel dá a mesma
informação assim como na bilheteria. Com atraso regulamentar com que é tratado
o espectador, entrei no teatro e encontrei como todos os presentes, um
informativo sobre as poltronas que não me dei o trabalho de ler, pois logo as
luzes começaram a se apagar, sinalizando o inicio da peça.
Ledo engano, ou Ledo Ivo como diria o saudoso Ivan
Lessa, pois logo surgiu uma bailarina com uma dança do ventre, a seguir um
grupo também dançando, uma tonta parecendo fazer uma dublagem de Donna Summer o que imaginei fosse um
aperitivo para o inicio da comédia anunciada. Qual o quê! E tome lhe dança, dança
e dança o que foi me incomodando ao tempo que resmungava “não tô entendo nada”,
“não tô entendendo nada” sem que ninguém ouvisse meus protestos. Não aguentei
levantei e sai.
Na saída ainda havia alguém na bilheteria a quem me dirigi falando que
tinha ido ao teatro assistir a comédia Nú buzú e não apresentações de dança,
que embora não tendo nada contra estava ali com outro propósito. Ele pediu
desculpas, e culpava a produção da peça pela falta de informação naquele sentido
e nada podia fazer pois tinha fechado o borderô e não podia devolver o preço do
ingresso. Não queria dinheiro de volta, mas respeito ao espectador que é sempre
acusado de não prestigiar os atores da terra, não comparecer aos espetáculos etc. Por fim, apareceu alguém da produção que devolvendo o valor do ingresso, quase
ajoelha aos meus pés, pedindo intermináveis desculpas. Muita falta de profissionalismo e seriedade. É difícil!
Foto: Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário