sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Odoyá

Das festas populares de Salvador, a de Iemanjá é uma das poucas que não tenho uma assiduidade como participante ao longo dos anos que moro aqui, talvez pela distância do Rio Vermelho dos locais onde residi, mas sempre frequento o simpático bairro, cortado por ruas estreitas e largos sempre fervilhando de clientes por seus bares, restaurantes e barracas, fruto de sua benfazeja vocação boêmia.

Mas a festa do Rio Vermelho, ou a Festa da rainha das águas, é juntamente com a Lavagem do Bonfim aquela em que o sincretismo religioso se manifesta de modo mais intenso em toda a extensão de sua “baianidade nagô”. 

Jogar presentes, flores, leques, sabonete, colares e fitas para Iemanjá, carrega uma simbologia que remonta ao tempo em que os pescadores resolveram agradar a rainha das águas após um período em que os peixes, seu sustento, vazaram. Os peixes voltaram e daí em diante o que não faltou foi mimo para Iemanjá, sempre no dia 02 de fevereiro. Odoyá.

Foto: Pessoal

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