Das festas populares de Salvador, a de Iemanjá é uma das poucas que não tenho uma assiduidade como
participante ao longo dos anos que moro aqui, talvez pela distância do Rio Vermelho dos locais onde residi, mas
sempre frequento o simpático bairro, cortado por ruas estreitas e largos sempre
fervilhando de clientes por seus bares, restaurantes e barracas, fruto de sua
benfazeja vocação boêmia.
Mas a festa do Rio Vermelho, ou a Festa da rainha das águas, é juntamente com a Lavagem do Bonfim aquela em que o
sincretismo religioso se manifesta de modo mais intenso em toda a extensão de
sua “baianidade nagô”.
Jogar presentes, flores, leques, sabonete, colares e
fitas para Iemanjá, carrega uma
simbologia que remonta ao tempo em que os pescadores resolveram agradar a
rainha das águas após um período em que os peixes, seu sustento, vazaram. Os
peixes voltaram e daí em diante o que não faltou foi mimo para Iemanjá, sempre no dia 02 de fevereiro.
Odoyá.
Foto: Pessoal
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