quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Inicio das festas populares

Era o inicio das festas populares em Salvador, em 04 de dezembro, corrente, dia de Santa Bárbara. O Largo do Pelourinho, às 10 horas, não cabia mais ninguém para a missa campal que seria celebrada em louvor a Iansã, no palco-altar armado em frente à Fundação Casa de Jorge Amado. Mas o fluxo do Largo em direção ao Terreiro de Jesus, dando a impressão aos que chegavam como eu, que tudo estaria na mais absoluta calma, na paz dos cemitérios incompatível, pois, com o fervor do povo de santo e o povo do samba e da latinha de cerveja.

A missa já havia começado e os cânticos eram intercalados entre um hino da congregação católica e outro de cantigas dos orixás do candomblé, ambos acompanhados por atabaques e suas classificações, dando ritmo ao afoxé para evocações religiosas pela multidão que se comprimia no Largo.

No calçadão em frente a casa de Jorge Amado, já se vislumbrava no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos os andores que sairiam em procissão, tão logo terminasse a missa solene, encerrando as celebrações religiosas pelo dia de Santa Bárbara, embora as comemorações profanas não tinha hora para acabar.

E como se diz em festas de altas-rodas, a medida que os andores deixavam a igreja, “tava todo mundo lá”. Primeiro o andor de São Cosme e São Damião, seguido por São Jorge, São Sebastião, São Miguel, São Lourenço e mais até ela surgir gloriosa em seu andor de flores vermelhas e brancas. Procurei me revestir das precauções necessárias e segui a procissão, sem esquecer o incidente que fui vítima em uma das comemorações ao dia de Iansã, ao lado do mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros.

Foto: Ilustrada

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