sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Não verás país nenhum
Como se não bastassem os dias tormentosos e de
incertezas que vivemos, fruto de políticas públicas que um dia, vários, durante
muitos anos chegamos a acreditar, tudo se desfez e fenece como um castelo de
cartas na areia, cujo saldo devedor todos, culpados ou não, teremos que pagar,
com o sacrifício de quem sempre carregou a draga de esperanças perdidas.
Num cenário negro como suas figuras sombrias e
inconfiáveis, fantasmas de todas as ocasiões, a nossa Gestapo cabocla segue com
a truculência conhecida, acorrentando presos, condenando sem provas, distribuindo
habeas corpus para amigos e apaniguados.
Capas pretas se autoproclamando fiadores
do que poderá renascer das cinzas dos nossos sonhos irrealizados, rasgando a
constituição cada vez que for necessário ao clamor de uma elite preconceituosa,
branca e má.
Respeitem o sofrimento e a dor do povo brasileiro, eterna vitima
destes abutres insaciáveis do que teima em ser um país, mas que sempre será
ruína de si mesmo.
Foto: Ilustrativa
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Vai passar...
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
...
Chico Buarque - Apesar de Você
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
...
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Overdose de Angeli
A Companhia das Letras lançará este ano três livros do genial cartunista Angeli. São eles, uma edição de “Wood & Stock”, outra com os “Skrotinhos”, mais uma só de charges e um projeto para 2020, pelos 50 anos de carreira do abusado Angeli.
No segundo semestre deste ano, a editora ainda
lançará uma edição completa de “Los três
amigos”, de Angeli, Laerte, Glauco
e a participação de Adão Iturrusgari.
Angeli: Skrotinhos
O orixá fujão
Domingo, dia 21, foi inaugurada no Espaço Cultural da Barroquinha, a
exposição Orixás da Bahia, após trabalho
de restauração, que coincidiu com a programação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e está aberta para
visitação gratuita de quarta a domingo.
Essas figuras fazem parte do acervo do Museu da Cidade, ao lado da Fundação Casa de Jorge Amado, no Largo do Pelourinho e há muito tempo
fechado para reforma que nunca foi concluída, pelo menos os orixás foram.
Um colega de trabalho, certa feita foi deslocado
de suas funções bancárias para gerenciar, cuidar na manutenção do Museu da Cidade, em meio a estes orixás
entre outros objetos da religiosidade africana, em especial o candomblé. O
colega, não era o que podia se chamar de destemido, corajoso, pelo contrário,
não nasceu prá ser herói.
Um dia, notou que um dos orixás, morador do
segundo pavimento do Museu, na distribuição feita pela sua diretora por todo
prédio, apareceu misteriosamente no primeiro andar. Ele estranhou a presença da
criatura, e telefonou para a diretora, procurando saber se houve alguma mudança
na distribuição das peças do museu, ao que a diretora negou, tampouco autorizou
qualquer intervenção nos locais em que os orixás estavam assentados.
Só lhe restou, com a ajuda de dois seguranças,
levar o orixá fujão para o seu lugar de origem que era o segundo andar. Qual o
quê! Tomado por uma força descomunal o orixá não se abalava daquele lugar, por
mais que os três homens tentassem levá-lo escada acima até o seu canto no
imenso salão.
No mesmo dia o colega voltou ao posto onde estava lotado, pedindo
pelo amor de Deus que lhe tirassem
daquele lugar mal-assombrado. E assim foi feito e, nunca mais voltou ao Museu, nem sequer passou em suas
proximidades. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.
Foto: Ilustrativa
Um patrimônio nacional
Quando se fala em funk é como trazer um absurdo a tiracolo, grudado
em suas letras exalando erotismo, sacanagem, pornografia por todos os lados em
que as bundas falam, ou melhor, cantam por si.
Recentemente, não ouvi, mas li
uma dessas letras que custa acreditar que alguma emissora de rádio, pouco
importa se AM ou FM já que se equivalem no despudor,
assim como no “jabá” para a execução dessas canções (que sacrilégio!) que alguma
mente transtornada foi capaz de expelir.
Sei que essas considerações, como quaisquer outras observações a
respeito dessas músicas de forte apelo popular, são sempre tidas como preconceituosas,
racistas, intolerantes entre outros qualificativos que os defensores do caos
estão sempre na espreita para atirar.
Pois não, para os sociólogos que zeraram
a prova do ENEM, tudo não passa de
discriminação ao povo pobre que mora na favela, desassistido, abandonado pelos
poderes públicos, enfim uns coitadinhos, cuja arma contra este mundo branco e
mal, é a pornofonia.
Interessante, que este mesmo povo pobre, favelado, desassistido e
periférico sempre existiu e foi capaz de nos legar Cartola, Nelson Cavaquinho, Geraldo Pereira, Ismael Silva e tantos
mais. A bunda, essa pedra de toque
desses novos “artistas”, podia até ser cantada e admirada também, mas com uma
sutileza de versos poéticos, sensuais, quase ingênuos, revelando e realçando a
beleza da mulher inspiradora, e não a cachorra que “rala a tcheca no chão”.
Ufa!
Foto: Ilustrativa
domingo, 14 de janeiro de 2018
O dono do mundo
Donald
Trump – Em discussão com congressistas sobre imigrantes de Haiti, El Salvador e
África.
Foto: Ilustrativa
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Nessa cidade todo mundo é de Oxalá
Ontem também a cidade ou parte dela se vestiu de branco para
reverenciar Oxalá, para o povo de
santo ou Senhor do Bonfim nos
preceitos católicos, mas todos juntos em nome da fé e da farra, que ninguém é
de ferro.
É sempre bonito ver e mais ainda ser parte daquela multidão em
direção à colina sagrada, parando em pontos do longo percurso nos bares e
cantos baianos para o abastecimento de corpos festeiros ávidos por uma cerveja
gelada.
Como sempre ocorre nestas festas em que a frequência é quase
carnavalesca, cuidado redobrado com o celular, dinheiro, o que estiver ao
alcance das mãos de maloqueiros e adjacentes. Viva Senhor do Bonfim! Salve Oxalá!
Foto: Pessoal
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Chega de intermediários!
Após a bem sucedida campanha eleitoral em favor de
seu candidato a presidência da república, Fernando
Collor, em 1989, a TV Globo tomou
gosto pela coisa e ano após ano, ou eleição após eleição, escolhe seu
candidato e solta os cachorros em seu adversário. Foi assim com o “sapo barbudo”
ou tudo que tenha cheiro do Partido dos
Trabalhadores.
Agora, no entanto, cansada de derrotas sucessivas
com seus candidatos do PSDB, em
especial, resolveu buscar em casa o seu próprio candidato. E o pau mandado Luciano Huck, funcionário da poderosa TV Globo, foi lançado às feras. O que
se viu, quem viu, no programa do Faustão
domingo passado, se não foi lançamento de candidatura, foi algo
teatralmente próximo.
Ao lado de sua pretendida futura dama, o também apresentador, do Caldeirão, aos sábados, discorreu
como candidato sobre os problemas nacionais com o conhecimento de quem conhece
o país de ponta a ponta, como ele mesmo afirmou. A Globo enfim cansou de intermediário e vai falar e fazer o que bem
quiser, o que já faz com as informações com que trata aos chutes e pontapés,
preservando sempre seu interesse a verdade que lhe convém. Não haverá país.
Foto: Angélica e Luciano Huck
Tanto barulho por nada
A epopeia da Biometria
eleitoral em Salvador, não é culpa tão
somente do eleitor que deixa sempre para o último instante seu compromisso com
os prazos estabelecidos, como quer o Tribunal
Regional Eleitoral – TRE do Estado.
O eleitor pode até tido ser negligente com o prazo
de recadastramento, mas é preciso que o TRE
reconheça a sua ineficiência, sua desestrutura para tão grande demanda, a
falta de manutenção de seus sites, que invariavelmente tem as vagas sempre
esgotadas em qualquer local que se tente. Isto desde o final de novembro quando
tentei fazer a biometria, e que acabei conseguindo por obra do acaso.
É desumano o que se vê desde as primeiras horas do
dia nos pastos por onde se transita, e assiste aquele triste espetáculo com eleitores
dormindo com crianças ao relento, guardando vaga para um atendimento que nem
sempre se confirma. O pior é que tanto sacrifício para se fazer a tal biometria
e depois entregar seu voto a estes zumbis que infestam a noite negra da política
nacional. Triste país.
Foto: Ilustrativa
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Noite preta
Domingo, a premiação do Globo de Ouro, em Los
Angeles, para os melhores do cinema e televisão, foi marcada por uma série
de protestos por conta dos recentes escândalos de abusos sexuais envolvendo
nomes de Hollywood.
Para chamar a atenção para o tema, atrizes
chegaram à premiação vestidas de preto e acompanhadas de ativistas. A noite foi
dominada por mulheres e marcada por discursos contra o assédio sexual e em
favor da igualdade de gênero.
Fonte: O Dia
Dinheiro aos montes
Propagandeado pela mídia nacional e internacional
como a segunda maior venda de jogador de futebol do mundo e uma das dez maiores
da história do futebol, Philippe
Coutinho foi enfim apresentado como o mais novo atleta do Barcelona. E todos riem entulhados de
dinheiro, do jogador até o bacalhau ardido do Vasco da Gama onde tudo começou, passando pelo Liverpool, empresários e mais meia dúzia de sanguessuga do futebol como
a famigerada CBF.
Mas, será mesmo que Philippe Coutinho merecia mesmo toda essa dinheirama, é um
questionamento pertinente, nestes tempos em que a qualidade é muito mais
fabricada nas páginas esportivas e nos interesses dos donos de suas
mercadorias, que do próprio produto. Coutinho
não é mais que um bom jogador, desses que olheiros da Copinha São Paulo, por exemplo, podem pescar uma quantidade
razoável, que bem trabalhados, bem orientados podem render bons frutos também,
por um custo bem menor. Mas, no futebol não há tempo a perder e sim conquistas
e títulos a buscar.
Pra quem foi do tempo de Zico, Adílio e Adão pensa com seus botões, “esses moços, pobres
moços; ah, se soubessem o que eu sei”, mas sem qualquer parâmetro com as
sacolas de dinheiro que Coutinho
amealhou aos 25 anos. Que faça bom proveito e que o Barcelona não pague pela precipitação e pelo açodamento em
preencher a lacuna deixada por Neymar.
Este futebol, não sei não...
Foto: Ilustrativa
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Meu botão é maior que o seu
O livro Fogo e Fúria do
jornalista Steve Bannon sobre os
bastidores da campanha de Donald Trump
tem abalado a estrutura da Casa Branca,
ou melhor, de seu atual inquilino, com revelações que apenas confirmam o que o
mundo pensa a respeito da controversa criatura.
O jornalista conviveu com o à
época candidato republicano, tendo entrevistados vários de seus assessores de
campanha e conversado com vários de seus auxiliares mais próximos que ajudaram
construir um retrato devastador do atual presidente americano.
De idiota abaixo não escapa nada, criança mimada, imaturo e mais
uma serie de pequenas histórias que confirmam a inadequação ao cargo do
presidente do mais importante país do mundo.
Tanto, que esse bate-boca com o ditador da Coréia do Norte, o não menos trapalhão Kim Jong-un, faz todo sentido. Sobre o botão que ele diz ter sobre
a mesa, de onde pode disparar mísseis para o território americano, não ficou
sem resposta. O Donald Trump respondeu
que o botão dele é maior e que também está sobre a sua mesa. É a essa gente que
o mundo ou parte dele está entregue. Não são sérios!
Foto: Ilustrativa
domingo, 7 de janeiro de 2018
Um vinho que dá onda
O seu aspecto é o mesmo de uma garrafa do vinho branco
e feito de maneira tradicional, incluindo a fermentação de uvas, mas contém
cerca de 16mg de THC, componente
responsável pelo barato na maconha. Em cerca de 15 minutos os efeitos começam a
ser sentidos.
O sabor, segundo os fabricantes, além da
erva, reúne tons herbáceos, de capim limão, lavanda e tons cítricos. Uma
garrafa custa cerca de 60 dólares, em torno de R$200, e a venda vem junto com a
liberação do uso recreativo da maconha, que é permitido lá no país. Uma taça
tem 35 calorias.
Fonte: Correio
Vou te encontrar
É um disco entre
amigos, com ex-colegas dos Titãs e
nomes da nova geração como Mallu
Magalhães, Emicida, Russo Passapusso ou velhos estradeiros como Guilherme Arantes e Erasmo Carlos.
Mas,
a cereja do bolo é mesmo a balada, Vou
te encontrar, composta pelo ex-companheiro de banda, Nando Reis e fadada ao sucesso como uma das mais bonitas canções do
ano que passou, mostrando o quanto Nando
é capaz de versos precisos. É só ouvir!
Vídeo: Youtube
Luta armada
Mesmo para não aficionados ao box, conhece pelo
menos de nome as figuras de Reginaldo
Holyfield Andrade e Luciano Todo
Duro Torres, que por algum tempo não deixou o esporte morrer em Salvador. As lutas eram programadas,
havia público, e não sem razão corriam boatos que elas em parte eram teatrais,
um faz de conta, onde todos ganhavam, pelo menos, as gargalhadas eram certas
antes ou de pois das lutas, digamos assim.
O diretor de cinema baiano, Sérgio Machado acreditou que os personagens dariam um filme ou
melhor um documentário e investiu no projeto. O reconhecimento veio com o Festival de Cinema do Rio, em 2016, cujo
A Luta do Século, foi eleito o
melhor documentário da competição. O filme conta a lendária rivalidade entre
os boxeadores nordestinos Holyfield e
Todo Duro.
O filme chegará aos
cinemas em lançamento oficial no dia 15 de março, e é uma pedida pra quem gosta
de cinema e mais ainda para quem conheceu as figuras.
Foto: Ilustrativa
Um ano bunda
Musicalmente, 2017 foi um ano bunda, embora não
só, olhando abaixo e acima de nossos narizes, olhos e ouvidos. Mas, ela reinou
soberana nas telas de TV, nos clipes, nas evoluções, em canções só não mais
ocas que todo o espaço ocupado pela adiposidade glútea natural ou siliconada,
que cantavam por si e para elas, onde por falta do que ouvir, embora muito de ver,
esperava-se alguma flatulência a compor o cenário bundalelê.
Como uma tragédia sempre puxa outra, os canários do
sertão que rondam a 25 de março e a Rua José Paulino como ponto de partida
de suas indumentárias de sertanejos de araque continuam dominando as paradas,
agora em companhia de sua derivação mais desastrada que é a ala feminina de sua
histeria musical. É muita gritaria para tanto bolero de quinta categoria, tanta
breguice pretensamente “muderna” a enlouquecer os “diais” das AMs e FMs do país. O fundo do poço musical foi enfim encontrado.
Mas, nem tudo foi perdido, foi em vão, pois muitos
ainda insistem em fazer música, não de olho no caixa, na conta bancária, mas
com a certeza de que há muito canção a ser feita. Como exemplo, o insuperável Chico Buarque com sua bela Caravanas, um dos melhores discos do
ano, onde a canção título já justificaria a honraria, além do Blues pra Bia, que traz uma moça com um
coração onde “meninos não tem lugar”. Ou canções como Diáspora de novo disco dos Tribalistas,
cantando a vida errante dos refugiados.
Como a estes discos e canções tão somente restou
as plataformas digitais ou emissoras especificas em suas execuções, vale ouvir o
novo disco de Mônica Salmaso, o belo e
dolente Caipira, onde a canção Baile perfumado do baiano Roque Ferreira se destaca, mas não só.
O disco maduro da sempre jovem Mallu
Magalhães, o Vem; a surpresa de Todo Homem de Zeca Veloso, filho de Caetano,
que com essa canção se apresenta como uma grande promessa neste novo ano. Enfim
o campo é grande, é só garimpar e encontrar as pérolas.
Foto: Ilustrativa
Irresponsabilidade fiscal
Fábio Klein, economista, sobre PEC que busca
alterar a Lei da Responsabilidade Fiscal
Foto: Ilustrativa
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