Como se não bastassem os dias tormentosos e de
incertezas que vivemos, fruto de políticas públicas que um dia, vários, durante
muitos anos chegamos a acreditar, tudo se desfez e fenece como um castelo de
cartas na areia, cujo saldo devedor todos, culpados ou não, teremos que pagar,
com o sacrifício de quem sempre carregou a draga de esperanças perdidas.
Num cenário negro como suas figuras sombrias e
inconfiáveis, fantasmas de todas as ocasiões, a nossa Gestapo cabocla segue com
a truculência conhecida, acorrentando presos, condenando sem provas, distribuindo
habeas corpus para amigos e apaniguados.
Capas pretas se autoproclamando fiadores
do que poderá renascer das cinzas dos nossos sonhos irrealizados, rasgando a
constituição cada vez que for necessário ao clamor de uma elite preconceituosa,
branca e má.
Respeitem o sofrimento e a dor do povo brasileiro, eterna vitima
destes abutres insaciáveis do que teima em ser um país, mas que sempre será
ruína de si mesmo.
Foto: Ilustrativa
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