Estreou quinta feira, dia 24, em todo país, o aguardado filme Elis, retratando a vida e a carreira da
maior cantora brasileira de todos os tempos. Para os que não vivenciaram a sua
trajetória musical, uma rica oportunidade de conhecê-la, para os seus
admiradores e cultores, como eu, a volta ao começo de uma vida que ainda
poderia estar entre nós não fosse a precocidade de sua morte aos 36 anos, em
1982.
Elis, o filme, tenta ser abrangente demais, desde a sua saída de Porto Alegre para o Rio, até a sua morte, fazendo com que
os fatos se atropelem uns aos outros numa sequencia frenética em que fica claro
a ansiedade do roteirista e diretor Hugo
Prata em querer tudo ao mesmo tempo agora. Mesmo assim o saldo bom. Seus
romances, suas brigas com empresários e gravadoras, entreveros com o meio
militar, o alcoolismo, as drogas, seus incontáveis sucessos, sua família,
companheiros e filhos, estão todos estes acontecimentos lá, onde quem reina
mesmo é a deusa música e a sua voz inigualável.
O filme merece ser visto, talvez quem sabe numa minissérie global,
já que o filme é uma produção das empresas Globo
onde caberia tudo com os detalhes suprimidos ou acrescentados
desnecessariamente, às vezes. O trabalho da atriz Andreia Horta como a cantora é perfeito em que pese as dublagens
feitas, aliás, com perfeição, sem desmerecer a qualidade de interpretação da
atriz que comove, emociona em alguns momentos tal a semelhança física com Elis.
Outros bons atores como Gustavo Machado vivendo o canastrão Ronaldo Bôscoli ou Caco Ciocler como César Camargo
Mariano, além de Lúcio Mauro Filho dando
vida a Miéle, convencem. Elis vive!
Foto: Andreia Horta
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