Foi encerrada no último final de semana a 9ª edição do Festival Internacional de Artes Cênicas –
FIAC – Bahia, 2016, com as peças os Amadores
e Não tenho vergonha de meu passado
comunista.
Por questão de horário e mesmo de logística acabei optando pelos
Amadores, embora a ideia fosse assistir
as duas, até pela inquietante montagem de Não
tenho vergonha... Com atores sérvios em cena, a direção do espetáculo utilizou
legendas para o compreensão do texto, mesmo com farta utilização de imagens da
guerra pela independência do país sérvio e o desmantelamento do domínio soviético.
A Companhia Hiato de Teatro,
procedente de São Paulo subiu ao
palco do Martim Gonçalves na Escola de Teatro da UFBA com os seus
mais de 20 atores, profissionais e amadores, para nos mostrar que não se deve
desistir nunca, sendo a superação a marca dos depoimentos de cada um dos
participantes.
A cenografia se resume em vários sofás espalhados pelo palco onde estão
os atores, e um a um eles vão ocupando a boca de cena para relatar suas experiências
pessoais, suas crises existenciais, frustrações e fracassos, deixando a dúvida
onde aquilo que se vê é texto ou é a vida de cada um deles.
Donas de casa,
advogados, aposentados, boxeador, ator pornô se misturam aos atores
profissionais que se revezam num mosaico transbordante de vida e de sentimentos
que transcendem ao teatro. Mas algo une os “amadores” mesmo, o desejo de um dia
fazer teatro, algo que me tocou ao ver em cena senhores sessentões, em que poderia
ser um deles, mas o tempo passou...
Foto: Amadores
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