sábado, 26 de novembro de 2016

Paulo César Batista Farias

Batatinha o saudoso sambista baiano disse em um samba que se fosse criado o Ministério do Samba, o seu ministro seria Paulo César Batista Faria, o querido Paulinho da Viola. A singeleza da homenagem de Batatinha que já foi chamado por Caetano como o Príncipe do samba, cabe perfeitamente para a elegância e a integridade artística desse incomum Paulinho da Viola. Foi o que se viu ontem na Concha Acústica do TCA um desfile de belos e inesquecíveis sambas e algumas curiosidades que ele ia revelando à medida que as suas composições iam sendo apresentada.

Um repertório tão vasto, em alguns minutos de show, foi compreensível a ausência para os seus admiradores e conhecedores de sua obra, os sambas antológicos como Bebadosamba, Coisas do mundo minha nega, Cantando, Pra ver as meninas, Roendo as unhas, Novos Rumos etc, mas em compensação pérolas como Sinal Fechado, Foi um rio que passou em minha vida, Por um amor em Recife, Nova ilusão, Vela no breu e mais, muito mais, em sambas seus ou de outros compositores.

Outra nota relevante naquela noite iluminada e de excelente música, foi a presença de um grupo de acompanhantes irrepreensível, com instrumentistas que tratam com carinho e competência os seus instrumentos. Outro dado alvissareiro foi a presença predominante de jovens, muitos jovens na plateia, cantarolando de modo respeitoso, como eu, um samba após o outro. O que me deixa sem qualquer constrangimento em comparecer a shows de rock. A boa música não tem hora ou lugar. 

Foto: Paulinho da Viola

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