Batatinha o
saudoso sambista baiano disse em um samba que se fosse criado o Ministério do Samba, o seu ministro
seria Paulo César Batista Faria, o
querido Paulinho da Viola. A
singeleza da homenagem de Batatinha
que já foi chamado por Caetano como o
Príncipe do samba, cabe perfeitamente para a elegância e a integridade artística
desse incomum Paulinho da Viola. Foi
o que se viu ontem na Concha Acústica do
TCA um desfile de belos e inesquecíveis
sambas e algumas curiosidades que ele ia revelando à medida que as suas
composições iam sendo apresentada.
Um repertório tão vasto, em
alguns minutos de show, foi compreensível a ausência para os seus admiradores e
conhecedores de sua obra, os sambas antológicos como Bebadosamba, Coisas do mundo minha nega, Cantando, Pra ver as meninas, Roendo
as unhas, Novos Rumos etc, mas em compensação pérolas como Sinal Fechado, Foi um rio que passou em
minha vida, Por um amor em Recife, Nova ilusão, Vela no breu e mais, muito
mais, em sambas seus ou de outros compositores.
Outra nota relevante naquela
noite iluminada e de excelente música, foi a presença de um grupo de acompanhantes
irrepreensível, com instrumentistas que tratam com carinho e competência os
seus instrumentos. Outro dado alvissareiro foi a presença predominante de jovens,
muitos jovens na plateia, cantarolando de modo respeitoso, como eu, um samba
após o outro. O que me deixa sem qualquer constrangimento em comparecer a shows
de rock. A boa música não tem hora ou lugar.
Foto: Paulinho da Viola
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