O pior da seleção é saber que não há material
humano melhor que aqueles que entram em campo ou esquentam o banco de reservas.
Há entrega, há garra, comprometimento, não como uruguaios e argentinos, mas eles
também não têm, um anti-herói como Macunaíma,
para quem hora de dormir, dormir; hora de comer, comer; hora de trabalhar;
pernas pro ar que ninguém é de ferro. É o que temos; nunca mais o que tivemos.
Uma questão antropológica, que não vale, nem
cabe aqui, para ficarmos tão somente na cortesia animal do nosso (lá deles!) treinador.
Um jogador medíocre, um ser humano raivoso e um técnico que o mais desinformado
dos torcedores percebe que daquele mato e daquela mente jamais sairá algo como
padrão de jogo, sistema tático, preparação coletiva.
O Paraguai
merecia melhor sorte, a vitória, assim como o Uruguai, que por pouco não veio no final da partida. Enquanto o
treinador esbravejava, pronunciava palavras inteligíveis, e claro, carradas de palavrões,
lamentando o descumprimento de sua orientação nos vestiários: “façam o que
vocês sabem”. Alguns sabem, mas às vezes momentaneamente esquecem, ninguém é de ferro.
Foto: Ilustrativa
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