Não deve ter havido um só jornal que não estampasse em sua primeira
página, na quarta feira, dia 12, com o destaque que o fato exigia, a lista do Ministro Edson Fachin com a relação de políticos
pegos com a “mão na roda” na delação da Odebrecht.
Aliás, houve um, e aqui ao nosso lado, o inefável Correio da Bahia, querendo jogar pra debaixo do tapete e esconder
de seus leitores, a citação do patrão, “o poderoso chefinho”, no rol dos supostos criminosos do caixa 2.
E ampliando a
escamoteação, a prática por certo atingiu todo político dono de jornal,
praticando o que sabem muito bem, noticia omitida, ela deixa de existir. Dessa
vez, e de outras também, já que os fatos insistem em não morrer, mesmo que
jornalecos como este baiano confunda ser a voz do dono, o dono da voz, e ninguém
sabe, ninguém viu.
Liberdade de imprensa também pode ser a liberdade de não
divulgar algo incômodo para o patrão do pasquim, a liberdade de mentir,
esconder, dissimular aliviando esta alma carente em dizer não, enquanto a
vida real diz que sim. É preciso ler o que não se vê.
Foto: Ilustrativa
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