sexta-feira, 21 de abril de 2017

Sem forca!

Era uma aula de História, mas aberta ao público, em uma encenação sábado pela manhã da Inconfidência Mineira. Por iniciativa da querida  Prof. Leonor Macedo, que lecionava a matéria na 3ª serie do Ginásio, teríamos que por em julgamento a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes em um juri com a completa reprodução de um tribunal nas pessoas de um juiz, promotor, advogado de defesa, corpo de jurados e o plenário composto por visitantes e alunos das demais series que se interessassem pelo drama.

Os personagens foram escolhidos e o assunto estudado por várias semanas em especial pelo promotor Noquinha e o advogado de defesa, o querido e saudoso, Carlos Alberto Barreto Sampaio. A mim foi dado o papel de Tiradentes ou por semelhança com a seu figura franciscana ou pela conveniente mudez do personagem durante toda a encenação, fazendo jus portanto a minha timidez, quem sabe...

O juiz (seria Carolino!) após as instruções protocolares deu inicio ao juri concedendo a palavra ao promotor. O próprio, Noquinha, tinha a sua disposição todo um histórico escolar conhecido, em que a figura de Tiradentes é mostrada como traidor da coroa, um inconfidente dos interesses portugueses, enfim o “cão chupando manga” conforme a versão oficial.

Mas, a defesa estava a caminho na voz tonitruante do advogado Carlos Sampaio que ecoou por toda sala e arredores com a eloquência conhecida e conhecimento nem tanto, mas a ênfase e a contundência dos argumentos disponíveis fazia a versão possível ou pretendida. Tiradentes foi absolvido e por fim proclamou a escravidão, conforme aquele samba amalucado do Stanislaw Ponte Preta, o Samba do criolo doido. A história é uma história!

Foto: Ilustrativa

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