Entre os discos lançados no final do ano
passado chamam a atenção os discos de Zélia
Duncan e Roberta Sá por serem
discos de samba, no melhor estilo Beth Carvalho,
elas que são cantoras cujos repertórios, embora bem brasileiro, não reverenciam tanto
o samba, como desta vez. Principalmente Zélia
Duncan que pode ser considerada uma cantora pop, como Vanessa da Mata, e que já integrou, por breve tempo, a banda de
rock os Mutantes ocupando a voz
feminina que já foi de Rita Lee, lá
pelos anos 60.
A Roberta
Sá também já flertou o samba em um disco excelente Quando o canto é reza, com repertório exclusivo do compositor
baiano Roque Ferreira e o acompanhamento
luxuoso do Trio Madeira Brasil, mas
não é uma cantora de samba, mesmo que o samba não seja território exclusivo de
ninguém, nem de João.
Mas, tanto o CD Delírio,
de Roberta Sá, como o Antes do mundo acabar de Zélia Duncan são discos de samba, como
costumam ser os bons discos de samba. Só que Zélia se saiu melhor na incursão, com um repertório quase autoral e
parcerias diversas com Xande de Pilares,
Ana Costa, Arlindo Cruz cujos resultados são muito bons, além da regravação
de sambas de autores como Paulinho da
Viola, Moacyr Luz e Dona Ivone Lara.
Um bom disco, que deve ser degustado agora no novo ano.
Foto: Ilustrada
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