sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

As meias-entradas

Evidente que algo deveria ser feito para moralizar e disciplinar o uso de meia entrada em espetáculos artísticos e esportivos. O sistema de concessão de carteira de estudante estava de tal modo contaminado por irregularidades que as entidades estudantis, produtores culturais, e órgãos governamentais chegaram a um consenso quanto à distribuição do beneficio. 

Era uma queixa pertinente dos produtores de espetáculos teatrais e musicais que alegavam ser alto preço dos ingressos em conseqüência da anarquia que havia com a venda indiscriminada de meias-entradas para produções que se deslocavam de um estado a outro com altos custos. Além de produções locais que não conseguiam na bilheteria nem 30% do que foi investido na produção. 

Então, a nova Lei, já em vigor desde o final do ano passado, estipulou em 40% do total dos ingressos alocado como meia-entrada beneficiando estudantes devidamente filiados a uma entidade estudantil de reconhecimento nacional, jovens de baixa renda e estudantes de escola públicas, deficientes físicos, além de aposentados e idosos acima de 60 anos. 

A semana passada, em Salvador, tentei assistir no Teatro Castro Alves a apresentação única de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci, no show Dia a dia, lado a lado, comprando ingresso através do site “ingressorapido” e fui informado que as meias-entradas já tinham sido esgotadas. Aí, não há saída, a não ser crer na informação, mesmo com a descrença acumulada há anos quanto a seriedade da bilheteria do TCA, diante de cambistas, a sua frente, com volumes vergonhosos de ingressos há pouco esgotados.

Foto: Ilustrada

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