Evidente que algo deveria ser feito para
moralizar e disciplinar o uso de meia entrada em espetáculos artísticos e
esportivos. O sistema de concessão de carteira de estudante estava de tal modo
contaminado por irregularidades que as entidades estudantis, produtores
culturais, e órgãos governamentais chegaram a um consenso quanto à distribuição
do beneficio.
Era uma queixa pertinente dos produtores de espetáculos teatrais
e musicais que alegavam ser alto preço dos ingressos em conseqüência da
anarquia que havia com a venda indiscriminada de meias-entradas para produções
que se deslocavam de um estado a outro com altos custos. Além de produções
locais que não conseguiam na bilheteria nem 30% do que foi investido na
produção.
Então, a nova Lei, já em vigor
desde o final do ano passado, estipulou em 40% do total dos ingressos alocado
como meia-entrada beneficiando estudantes devidamente filiados a uma entidade
estudantil de reconhecimento nacional, jovens de baixa renda e estudantes de
escola públicas, deficientes físicos, além de aposentados e idosos acima de 60 anos.
A semana passada, em Salvador, tentei assistir no Teatro Castro Alves a apresentação única de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci, no show Dia a dia, lado a lado, comprando ingresso através do site “ingressorapido”
e fui informado que as meias-entradas já tinham sido esgotadas. Aí, não há
saída, a não ser crer na informação, mesmo com a descrença acumulada há anos
quanto a seriedade da bilheteria do TCA,
diante de cambistas, a sua frente, com volumes vergonhosos de ingressos há
pouco esgotados.
Foto: Ilustrada
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