segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ebó para os evangélicos

Sábado, 21 de janeiro, foi o Dia Nacional dedicado ao Combate à Intolerância Religiosa, conforme Lei neste sentido aprovada em 2008. Esta Lei até que seria desnecessária há bem pouco tempo atrás, pois se não vivíamos o melhor do mundo laico, havia uma dissimulação, certa condescendência, fazendo crer que se aceitavam as práticas religiosas professadas. A Igreja Católica que já foi amplamente majoritária e em termos constitucionais, a religião oficial do país, mantinha com os cultos de origem africana, candomblé e umbanda, uma política de boa vizinhança. Havia respeito e vistas grossas por considerável parte do clero católico com aquelas manifestações religiosas, visto a associação dos orixás com santos da Igreja Católica. Reprovados, mas aceitos. Junto e misturado, assim como água e óleo, remadores do mesmo barco, mas separados por remos desiguais. Não era diferente com as religiões protestantes. Diplomaticamente, as relações eram respeitosas.

Mas eis que chegam as Igrejas Evangélicas de resultados e nunca mais fomos os mesmos. A histeria dos novos cristãos com seus pastores ávidos por dinheiro e pelo aumento do rebanho a qualquer custo espalhou o ódio, a segregação, a ofensa, a truculência como argumento e força de convencimento. As religiões de matriz africana passaram a ser o alvo preferencial desta canalha de fariseus, anunciadora de um novo tempo e, cujo cenário de hostilidade pode terminar de forma nada cristã. As ações contra a intolerância dessa gente já chegaram aos tribunais de justiça, às delegacias de policia, frutos de agressões, invasões de terreiros, destruição de símbolos sagrados destas religiões, patrocinados por estes supermercados da fé. Ou se trata estes evangélicos como caso de policia mesmo ou estaremos à porta de uma guerra civil, por motivação religiosa. Não passarão!   

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