As ditaduras se equivalem no desprezo que qualquer democrata lhe devota e naquilo que a comunidade internacional trata como algo inferior, desprezível, pela sua característica primeira que é o desrespeito aos diretos humanos nas mais variadas gradações. E os ditadores são seres abjetos, solitários, tristes, carentes de um reconhecimento popular só conseguido à força, na ponta de baionetas e dos coturnos de seus asseclas. São vergonhosamente iguais, como nos sabemos, por que vivemos por algum tempo sob o domínio destes tiranos de triste e não esquecível memória. A Coréia do Norte é uma das poucas ditaduras existentes no mundo neste inicio de século XXI. O seu socialismo apenas envergonha os ideias de uma sociedade justa e igualitária.
Mas, todo este palavrório pretensamente político serve para lembrar algumas imagens recentes da morte do ditador norte-coreano, Kim Jong, também conhecido como King Kong, e a pantomima representada pelos cidadãos da Coréia do Norte na sua partida desta, para uma bem pior. As manifestações populares e mesmo militares podem até parecer verdadeiras, mas só parecem, já que na essência são demonstrações patéticas o suficiente para provocar risos ao invés de comoção. As reações norte-coreanas lembraram o comportamento dessas sub-celebridades (tipo BBB) que bastam perceber a luz vermelha de uma câmara de TV, para começarem a fazer caras e bocas ou dissimular uma surpresa, tentando ser real, natural, sem conseguir sair do burlesco, da empulhação presepeira. Jovens militares se descompondo, se descabelando pela morte de seu algoz, do usurpador de sua liberdade, é um espetáculo só não infantil, porque nenhuma criança merece esta mentira embalsamada, este choro de crocodilo. “Abaixo a ditadura” (qualquer uma; todas).
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