sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Só quem pode nos salvar é Senhor do Bonfim!


É comum ouvirmos a difusão da idéia de que vivemos num mar de tranqüilidade, de paz, sempre que nos deparamos com imagens fortes de terremotos, atentados, vulcões, tsunamis entre outros flagelos da natureza ou de humanos mesmos, principalmente desses. Recentemente, uma ONG mexicana jogou uma pá de areia nesta frágil constatação, divulgando um estudo com base em coleta de dados na internet, sobre as cidades mais violentas do mundo. A barbárie e a selvageria quase que ficaram concentradas aqui abaixo da linha do Equador. Das 50 cidades listadas, 40 pertencem a América Latina, fazendo com que se faça de imediato a relação com o subdesenvolvimento e a desigualdade social da região para este quadro de violência e degradação humana.

Do total destas cidades, 14 estão localizadas no Brasil e incluem capitais como Maceió, Fortaleza, Salvador, Espírito Santo, Cuiabá, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Goiânia e por aí vai, Brasil afora. Praticamente 1/3 da violência do mundo está aqui. Quem por exemplo vive ou lê sobre Salvador sabe que no seu dia a dia e em seus finais de semana o “sangue jorra pelos furos, pelas veias de um jornal/eu não te quero/eu te quero mal”. (lembrando Elis). É claro que há uma explicação para esta guerra surda que tomou conta de nossa capital, para quem a conheceu há mais de 40 anos. A miséria não brota de geração espontânea, tem causas claras e seus efeitos se espalham e explodem como num paiol de pólvora. “Triste Bahia o quão dessemelhante!”.

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