Esta semana a cidade viveu um momento dramático e surpreso com a morte de um jovem, embora não piritibano, mas com fortes laços afetivos com a comunidade e sua juventude, despertando manifestações comoventes de solidariedade, saudade e dor. Pelas redes sociais pipocaram demonstrações de apreço, espanto e principalmente de confissões deste sentimento tão distante que é a amizade. Não cheguei a conhecer o jovem ou se conheci não guardo lembrança que as fotografias postadas pudessem avivar a minha memória, pouco importa, o que ficou foram momentos de resignação e indignação pela perda prematura de um companheiro. Não há duvida que pelas palavras dedicadas ao que partiu, tratava-se na verdade de boa gente, um camarada, o cara. Sendo assim mais que pertinentes as citações de trechos de músicas do Legião, Cazuza, Cássia Eller ou a Canção da América de Milton e Brant ou mesmo dos tocantes versos de Vinicius de Moraes: "Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me...”
É triste a perda de um jovem, não importa se saudável ou irrecuperável, é sempre um a menos na construção utópica de um mundo melhor, no sonho impossível de homens bons, na convivência pacifica e fraterna entre irmãos. Mesmo nada dando certo, fica a alegria, a disponibilidade, o impulso aguerrido da juventude em levar adiante a certeza de que viver vale a pena, ainda que por linhas tortas, que às vezes não os levará a canto algum, alem da morte na busca de seu prazer solitário, sem volta.
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