domingo, 4 de dezembro de 2011

Back in Bahia

Dentre as canções composta por Gil em seu exílio londrino, nenhuma é tão pessoal ou confessional, como se todas não fossem, como Back in Bahia. Gil fala da saudade do mar da Bahia, “cujo verde às vezes me fazia bem relembrar”, sem esquecer dos "também gramados verdes parques de lá". Back in Bahia é um rockzinho básico gravado com as limitações do estúdio disponível em que a guitarra de Gil e seus versos saudosistas conferem um prazer musical agradável e histórico.
Conhecia apenas a gravação de Gil e de Rita Lee para Back in Bahia, mas recentemente garimpando pela internet descobri duas outras gravações, a do Barão Vermelho (pós Cazuza) e uma de Wanderléa. A discografia do Barão poderia prescindir desta gravação, já que nada acrescenta ao original alem de Frejat quase distorcer a melodia, desfigurando a composição, quando não a violentando. Quanto a Wanderléa, o resultado obtido é um exemplo de como uma canção que se imagina já ter tido a sua gravação definitiva, surpreende de modo curioso, alegre e fiel a sua origem roqueira, via Jovem Guarda. A eterna Ternurinha das “jovens tardes de domingo”, mantém a pegada rock’n roll da música e une Back in Bahia a Banho de Lua em um casamento musical do jovem tropicalista com Cely Campello, fiel representante e referência aos primórdios da música jovem que nasceria a partir dela e de seu irmão Tony Campello. Aqui neste exílio piritibano, onde “por sorte ou por castigo dei de parar” ouvir Back in Bahia é uma forma de também matar a saudade do verde mar da Bahia. Saravá!


Nenhum comentário:

Postar um comentário