Afirmar que a vitória da seleção brasileira de
futebol em 1970, no México, foi uma encomenda dos militares
brasileiros, que na época infelicitavam o nosso país, à FIFA, é um exercício de desconhecimento e má fé. Até porque os
milicos nativos não tinham esta bola toda perante a comunidade internacional,
ainda que a FIFA nunca tenha sido uma
entidade confiável, mas improvável a manipulação. Se pelo João Havelange já a presidisse, menos mal, mas ele só chegaria
quatro anos depois, quando aí sim poderia se pensar nesta hipótese, neste
negócio que é uma Copa do Mundo.
A Copa
do Mundo de 70, no México foi a
primeira a ser transmitida ao vivo para todo o planeta, tendo todos os olhos e
ouvidos de milhões de espectadores sobre uma equipe que encantou o mundo tal a
superioridade técnica de Pelé, Tostão,
Gerson e companhia em disputa com equipes valorosas como Inglaterra, Uruguai e Itália, por
exemplo. Bobagem a insinuação, que serve exclusivamente aos detratores da atual
presidente do país, que buscam numa possível vitória da seleção aqui no Brasil, o espectro da encomenda para
beneficiá-la em sua reeleição. Coisa de canalha!
Quanto a vitória da Argentina, em 1978, em
seu próprio país que sediou a competição e era esmagada por uma feroz ditadura
militar, sempre eles, os pais da América Latina, ainda hoje pairam dúvidas quanto a
lisura daquela conquista. Para chegar a final, a Argentina teria que aplicar uma goleada de 4 x 0 sobre o Peru, placar extremamente dilatado para
a boa seleção peruana. Antes do jogo o ditador, o general Jorge Videla e o ex-secretário de Estado do governo americano, Henry
Kissinger visitaram o vestiário do time peruano, para desejar-lhe boa sorte.
Não poderia ser de outro modo, mas a visita foi intimidatória.
Não deu outra. A
Argentina goleou o Peru por 6 x 0, um placar até hoje
discutido, mas que lhe levou à final da Copa
e a sua conquista contra a Holanda,
na prorrogação. No esporte tudo se sabe, ou se deduz.
Foto: Argentina Campeã - 1978
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