Já estou acostumado, mas logo no inicio de sua
carreira ficava assustado cada vez que Maria
Rita enveredava por uma interpretação que trazia de volta aos nossos
ouvidos, uma nova canção de Elis. Evidente
que para quem conhece o repertório da grande intérprete, como eu, estranhava a
novidade.
Era Elis de volta, como em Tristesse,
em dueto com Milton Nascimento,
autor da linda canção, em que Maria Rita
iniciava a sua carreira. Pois, Milton e Elis tudo a ver, quer dizer, agora Maria Rita.
A intérprete convincente que é Maria Rita acabou por me convencer, que
ali não havia qualquer “forçação” de barra, a semelhança era natural, algo que
a genética talvez explique, além do ridículo da comparação que ela como profissional
não iria se submeter, como alguns críticos chegaram a insinuar.
Já os filhos de
Wilson Simonal, a léguas de distância
do talento do pai, tentam uma aproximação, uma busca de semelhança, tornando-se
algo caricato, desprovido de qualquer apelo, em especial, também, para aqueles que
acompanham a os altos e baixos de sua carreira, de intérprete original, cheio
de swing, balanço e pilantragem.
Foto: Maria Rita
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