Seja qual for o desfecho do processo do impeachment,
mesmo viciado desde a sua origem pelo viés político que se caracterizou como
intento e, não como punição por possíveis dolos cometidos pela Presidência da República, as manifestações
contra o golpe servirão como polo aglutinador das forças de esquerda em todo país,
que não se calarão ante a intolerância e o ódio que envenenou a nossa
sociedade.
O ato, ontem, na Fundição Progresso e logo depois nos Arcos da Lapa, no centro do Rio,
foi o inicio de uma serie de tantos outros eventos que se espalharão pelo país,
como demarcação de um espaço político e, alerta para os retrocessos que advirão pelo tomada de poder pelos
conservadores, bem como a perda das conquista sociais até então asseguradas.
As agressões covardes a Chico Buarque, por exemplo, bem como a outros artistas e
intelectuais brasileiros que não se alinham com os golpistas, não irão
funcionar como intimidação, como recuo e, os espaços, as ruas e praças serão
ocupadas sem temor, “pois quem sabe faz hora, não espera acontecer”. Esta
manifestação de ontem à noite na Lapa
foi organizada, entre outros, pelo próprio Chico,
que embora apoie estas manifestações anti-golpista, nem sempre faz se faz
presente, ao contrário de ontem que marcou presença e se manifestou.
Foto: Arcos da Lapa - Rio
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