quinta-feira, 14 de abril de 2016

Os erros de meu português ruim


Leitor habitual do Professor Pasquele Neto, ainda que “os erros do meu português ruim” continuem com a frequência que não gostaria e, me envergonhe, às vezes, é recorrente o prazer de sua companhia. Li em uma das suas últimas colunas, na Folha, uma história que mais parece uma pegadinha, mas lá escancarada a verdade escondida de nem sempre compreendermos o que lemos.

Andava ele por uma Rua de Belo Horizonte quando notou na garagem de uma residência, o desenho de um sinal de trânsito sobre a porta, um “E” maiúsculo cortado por uma diagonal, deixando claro que era proibido estacionar naquele local. Perfeita a recomendação e o zelo pela sua comodidade, em seu patrimônio. Acontece que não satisfeito com o sinal de proibição, o proprietário escreveu em letras também maiúsculas e garrafais, a palavra NUNCA. Aí pegou para o professor!

Segundo ele, se o dono da garagem quis reforçar a proibição com a palavra “nunca”, o tiro foi dado no pé. O sinal de trânsito indicando, “é proibido estacionar” seria suficiente para configurar a infração aos desatentos, mas que deixou de ser com a negativa, ganhando outra leitura “nunca é proibido estacionar”. Liberou geral! A contundência da proibição poderia ter vindo com a palavra SEMPRE. “É isso”, como ele diz finalizando suas colunas.

Foto: Ilustrativa

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