De Michel
Temer a Eduardo Cunha, passando
pelos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin, os adversários mais
influentes de Dilma estão envolvidos
em chocantes escândalos de corrupção que destruiriam a carreira de qualquer um
numa democracia minimamente saudável.
Na verdade, a grande ironia desta crise é que
enquanto os maiores partidos políticos do país, inclusive o PT, têm envolvimento em casos de
corrupção, a presidenta Dilma é um dos poucos atores políticos
com argumentos fortes para estar na Presidência
da República e que não está diretamente envolvido em casos de
enriquecimento pessoal.
A sociedade brasileira tem muitas razões
legítimas para se zangar com o governo. Mas para uma parte da elite midiática e
econômica do país, a corrupção é apenas uma desculpa, um pretexto para atingir
um fim antidemocrático.
O objetivo real é remover do poder um partido
político – o PT – que não conseguiu
derrotar após quatro eleições democráticas seguidas. Ninguém que realmente se
importasse com o fim da corrupção iria torcer por um processo que delegaria o
poder a líderes de partidos como o PMDB,
o PSDB e o PP.
Glenn Greenwald
-The Intercept (site - fragmentos)
Lixo
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