Não há ultraje maior para um flamenguista que ver o Mengão perder para Vasco. Mas a derrota de quarta feira de virada pelo Bacalhau, pelas semifinais da Taça Guanabara, teve um sabor ainda mais amargo do que a inaceitável perda da classificação para a final de domingo. Esqueceu-se os desacertos do ex-treinador Luxemburgo, as baladas de Ronaldinho, a presidente que não preside, para ficar martelando em nossas cabeças o incrível gol perdido por Deivid frente a seu único adversário, as traves. Aquele gol, que poderia ter sido, garantiria a vitória rubronegra e a sua conseqüente condição de finalista, neste domingo. Mas entre Deivid e o gol havia a trave, havia a trave entre Deivid e o gol.
Se o jogador do Flamengo carecia de alguma visibilidade exterior para seu futebol de gol perdidos e também marcados, como acontece com qualquer atleta, finalmente encontrou. Os maiores jornais da Europa estamparam em suas manchetes e em seus sites o extraordinário gol perdido de Deivid. É verdade que foi uma fama por vias travessas, nunca buscada, mas fatalmente encontrada, como foi por Deivid. O gol perdido por Deivid doeu, não tanto quanto a mediocridade do time do Flamengo com Ronaldinho Gaúcho e Wagner Love, uma dupla no pior estilo “pé doente e sapato roto”, “inútil e incapaz”, “faz que chuta e faz que marca”. Ah! Flamengo.
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