Cheguei ontem a Salvador, proveniente de Piritiba, para tratar de assuntos particulares. Ao descer na rodoviária percebi a ausência em suas dependências e em todo trajeto até chegar em casa. Chamava atenção, no entanto, os pontos de ônibus praticamente vazios, as ruas com um trânsito diferente do tumulto habitual, os ônibus trafegando com uma lotação bem abaixo de seu fluxo diário, enfim, a cidade vestia outra fantasia, por conta da greve dos policiais militares. À tarde fui a uma clinica médica na Avenida Garibaldi e a paisagem urbana era a mesma, só que vista de perto, percebia-se que aquelas poucas pessoas que se encontravam nos pontos de ônibus expressava uma certa aflição, certo desconforto na espera e na necessidade de estar ali, quando o sentimento dominante era mesmo estar ou voltar para casa, o mais rápido possível.
A polícia como conhecemos, como ouvimos e lemos era naquele momento um mal necessário, visto que a sua simples presença agiria como fator de intimidação e mesmo de segurança para quantos tiveram que sair às ruas em busca de soluções para seus problemas diários. O noticiário da noite jogou areia no brinquedo dos Democratas, vulgo Demo, do qual Grampinho é a sua voz, enquanto espera a sua vez na prefeitura de Salvador, onde qualquer indignidade é bem vinda. Os democratas de resultados, os oportunistas de plantão, os novos e maus baianos terão que procurar outra boneca para ferrar, já que esta pelo que se viu, até agora, era inflável.
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