domingo, 26 de fevereiro de 2012

Uma cidade alegre como...um velório.


Encontrar nesta cidade um lugar, um bar, para que se possa tomar uma cerveja, ler uma revista, livro ou jornal sem a companhia desagradável de uma sub-música e sua estridência costumeira ou a companhia nem sempre conveniente do “freguês ali do lado” é uma tarefa árdua em um domingo solar que remete a Patamares, Porto da Barra, Itapoan... a solidão enfim E nesta busca solitária por um lugar improvável desembarquei no Hotel Piritiba, em sua área de lazer e ali, onde apenas havia, eu, eu, e eu, quer dizer, nós em mim, pude encontrar o conforto da solidão voluntária. Inevitável que revendo aqueles locais não fosse estar de frente com a situação experimentada no último encontro dos piritibanos onde, ingenuamente, fui cumprimentar na presença do bom caráter João Macedo, um ex-prefeito da cidade, em estado de embriaguez, que recusou a minha saudação. Senti o desconforto do piritibano amigo ante a cavalgadura do executivo municipal, mas que ressaltou a desigualdade e o desnível daqueles que habitam, fisicamente ou não, a cidade alegria.

Quem sabe nestes momentos de reclusão e mesmo de exposição venha encontrar a razão da alegria desta cidade que em seu dia a dia está mais para um cruzado que para um afago. Um dado já é significante e revelador. Os partidários desta corrente, como direi, filosófica, não moram na cidade e aparecem por aqui, de quando em vez, para a prática civilizada de seu diletantismo social.  

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