domingo, 30 de julho de 2017

Os custos da corrupção

Desde as operações do Ministério Público Federal que sangrou a corrupção, não se sabe se com golpe mortal, tal a capacidade dela se reinventar, os estragos causados por essas ações não atingiram somente as empresas estatais e a reputação de centenas de políticos, mas o mercado de trabalho, com redução significativa de números de empregos pelos agentes corruptores.

A Construtora Andrade Gutierrez que tinha 60 mil empregados em 2013, passou a ter 20 mil em 2016

A Odebrecht que chegou a ter 200 mil empregados, hoje não passa de 85 mil.

A OAS tinha em seus quadros 120 mil pessoas, hoje tem uns 30 mil.

Na UTC o emprego caiu de 27 mil, para pouco mais de mil e quinhentos funcionários.

Uma perda que pode alcançar a marca de quase meio milhão de empregos levados pela corrupção, aumentando a crise do desemprego no país.

Foto: Ilustrativa

Atrapalhado

O escritor Lima Barreto, homenageado na FLIP – 2017, escreveu em 1920 um artigo publicado na revista Careta em que fazia considerações sobre o Brasil que continuam atuais quase 100 anos depois.

“Este Brasil é o país das encrencas. Não se conhece no mundo nação mais cheia de atrapalhações do que esta. Todo ano aparece uma e elas se somam sem que qualquer seja resolvida” Faz todo sentido.

Foto: Ilustrativa

sábado, 29 de julho de 2017

Tua cantiga

O novo disco de Chico, Caravanas, está previsto pra ser lançado na segunda quinzena de agosto, mas a gravadora Biscoito Fino soltou ontem nas redes sociais uma mostra de seu conteúdo com a canção Tua Cantiga, uma composição sua com Cristovão Bastos, que bateu recorde de execução na página da gravadora. 

Como era de se esperar, também, os analfabetos políticos e musicais destilaram sua ira contra o compositor como vem acontecendo nos últimos tempos. Tristes tempos. Viva Chico!

Vídeo: Youtube 

Jornalismo de resultado

Se uma escola está caindo aos pedaços, o teto ruindo, os alunos reclamando, a diretoria também, e os pais pelos filhos não terem uma ocupação e a obrigação da frequência é uma escola estadual e merece reportagem de 2 minutos ou mais. Se há algum foco de greve no setor público este setor é estadual e a equipe de televisão segue todos os passos o movimento em cobertura espalhafatosa. Se uma obra é inaugurada com pompa, circunstancias e banda de música é claro que não é uma obra do Estado, mas do Prefeito Netinho como quer a sua emissora de televisão.

É este o jornalismo da TV Bahia, desde os tempos do “velhote inimigo que morreu ontem”, onde a imparcialidade passa ao longe de sua redação, fugindo da informação clara, sem dissimulação como diabo foge da cruz. Todos nós sabemos que o jornalismo, a imprensa em geral sempre esteve a serviço de seus donos, seus patrões, em que pese aqui ou ali um jornalista sério, isento, sem amaras, a não ser as da sua consciência. 

Por aqui, esta farra com os meios de comunicação em mãos de políticos teve seu escancaramento nos inúteis tempos de Zé Sarney, em que o seu Ministro de Comunicações não foi outro que não o “velhote...” distribuindo rádios e TVs aos seus amigos e apaniguados. E ainda falam em liberdade de imprensa, esquecendo de contar aquela do papagaio fanho 

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 26 de julho de 2017

FLIP - 2017


Começa hoje a mais importante, e a mais charmosa, feira literária do país, a Feira Literária Internacional de Paraty - FLIP, que este ano homenageia o escritor Lima Barreto.

Com a redução de patrocinadores, sob a alegação da crise financeira, a organização da Feira teve que se virar como pode e apelar literalmente a Deus, através da comunidade religiosa de Paraty-RJ, na cessão da Igreja Matriz para a realização das palestras e mesas de debates.

São mais de 40 convidados entre os escritores nacionais e internacionais entre eles o americano Paul Peatty, o jamaicano Marlon James e a chilena Diamela Eltit.

Foto: Lima Barreto

Obra profana



A obra de arte mais antiga das Américas foi descoberta no interior de Minas Gerais e tem mais de 10 mil anos. É uma das curiosidades do livro O Brasil antes de Cabral, de Reinaldo José Lopes a ser lançado.

O curioso é o nome da escultura: Taradinho. A razão é não menos curiosa, e muito mais profana, pois traz a criatura, o Taradinho, com o membro sexual ereto, pronto pra guerra, se me entende. Faz todo sentido enfim, o nome da criança.

Foto: Ilustrativa

A Espanha é aqui (ou era)


Meu primeiro porto em Salvador como aluno do Colégio da Bahia (Central) foi um pensionato na Rua Professor França nº 36 A, nos Barris, a partir de onde fui lentamente conhecendo a cidade. Sempre que acontece de passar por lá, a caminho da Estação da Lapa, vejo que o velho casarão continua em pé e a ruazinha nada mudou, mesmo que a casa em frente onde residia a paixão de todos nós, a jovem Pilar, seja hoje um restaurante natural. 

Mas, ainda guarda o muro onde nos recostávamos para fumar e fazer serenatas, até que Dr. Alírio, o pai da jovem, chamasse no meio da noite a Rádio Patrulha, para participar a seu modo daquele sarau desengonçado. Pânico, correria, esquecimento de pertences sobre a calçada, mas todos a salvo

Depois dali, ainda nos Barris, fomos para outro casarão na Rua General Labatut nº 135 onde quatros eram sublocados para pequenas famílias ou estudantes interioranos, em sua totalidade. Hoje transformado no Shopping Colonial, a nossa nova morada tinha como vizinhança o Bar e Mercearia Espanha onde nos servíamos de compras emergenciais para a casa e tomávamos cerveja nos finais de semana ou qualquer dia semana quando havia uma razão para comemoração.

O Espanha como era carinhosamente chamado nós, tinha em sua administração quatro irmãos espanhóis, que aos poucos foram desaparecendo por razões diversas como volta ao país de seus antepassados ou por que partiram para o nunca mais. 

Fico sabendo que o Espanha foi transformado em Velho Espanha Bar e Cultura com programação de festivais de música, shows de chorinhos e bandas pra desespero de seus moradores, imagino, no outrora pacto e residencial bairro no Centro de Salvador. Vida que segue.  

Foto: General Labutut - Barris

terça-feira, 25 de julho de 2017

Oh!


Infelizmente muitas pessoas que apoiavam a investigação só queriam o fim do governo Dilma e não o fim da corrupção
 

Carlos Fernando Lima -  Procurador da Lava Jato, queixando-se do toma lá, dá cá no Congresso