Domingo, com frequência igual a zero, almocei no Restaurante Cubano, que desolado como
ele, o proprietário, constatei mais uma vez a incivilidade desse povo da “cidade alegre” e seu provincianismo
caseiro, em não comparecer a qualquer tentativa que se verifica na “cidade do junco” em oferecer alguma
razão de lazer, de convivência social a sua população. Todos trancados em casa
esperando o dia de amanhã.
Já que sem clientes a atender ficamos a falar sobre tudo, sobre
todos, sobre Cuba, inevitável. Falei
da minha admiração ao seu país, daqueles ideais revolucionários que levaram a
deposição de Fulgencio Batista e,
ele como dissidente dos novos tempos falou do amor a Cuba e das limitações democráticas a seu povo. Como era um domingo
solar próprio a amenidades deslocamos o foco de nossas conversas para a música
cubana que tanto aprecio.
Inevitável que caíssemos no comovente documentário Buena Vista Social Club, do diretor alemão Win Wenders, onde a
beleza da música cubana renasceu para o mundo, mostrando sua força,
originalidade, e influência a tantos estilos musicais, a exemplo do
jazz.
Músicos extraordinários que por razões ideológicas pararam suas
atividades em 1950, em um clube onde se reuniam pra tocar e trocar ideias musicais
desde os anos 40. Alguns deixaram o país, outros ficaram e tentaram
sobreviver conforme os novos ares que sopravam em Havana, já experimentando a ditadura fascista de Batista
A constelação cubana voltou a gravar e a excursionar pela
Europa com discos aclamados pela critica mundial e shows inesquecíveis, alguns
captados pela lente de Wenders, como alguns que podemos ver em Buena Vista Social Club. Dançar prá não
dançar com Rubén
González, Ibrahim Ferrer, Eliades Ochoa, Omara Portuondo Compay Segundo e
os integrantes da Afro Cuban All Stars
e mais.
Fotos: Ilustrativas
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