terça-feira, 11 de julho de 2017

Buena Vista Socail Club


Domingo, com frequência igual a zero, almocei no Restaurante Cubano, que desolado como ele, o proprietário, constatei mais uma vez a incivilidade desse povo da “cidade alegre” e seu provincianismo caseiro, em não comparecer a qualquer tentativa que se verifica na “cidade do junco” em oferecer alguma razão de lazer, de convivência social a sua população. Todos trancados em casa esperando o dia de amanhã.

Já que sem clientes a atender ficamos a falar sobre tudo, sobre todos, sobre Cuba, inevitável. Falei da minha admiração ao seu país, daqueles ideais revolucionários que levaram a deposição de Fulgencio Batista e, ele como dissidente dos novos tempos falou do amor a Cuba e das limitações democráticas a seu povo. Como era um domingo solar próprio a amenidades deslocamos o foco de nossas conversas para a música cubana que tanto aprecio. 

Inevitável que caíssemos no comovente documentário Buena Vista Social Club, do diretor alemão Win Wenders, onde a beleza da música cubana renasceu para o mundo, mostrando sua força, originalidade, e influência a tantos estilos musicais, a exemplo do jazz.
Músicos extraordinários que por razões ideológicas pararam suas atividades em 1950, em um clube onde se reuniam pra tocar e trocar ideias musicais desde os anos 40. Alguns deixaram o país, outros ficaram e tentaram sobreviver conforme os novos ares que sopravam em Havana, já experimentando a ditadura fascista de Batista

A constelação cubana voltou a gravar e a excursionar pela Europa com discos aclamados pela critica mundial e shows inesquecíveis, alguns captados pela lente de Wenders, como alguns que podemos ver em Buena Vista Social Club. Dançar prá não dançar com Rubén González, Ibrahim Ferrer, Eliades Ochoa, Omara Portuondo Compay Segundo e os integrantes da Afro Cuban All Stars e mais.

Fotos: Ilustrativas

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