Meu primeiro porto em Salvador
como aluno do Colégio da Bahia (Central) foi um pensionato na Rua Professor França nº 36 A, nos Barris, a partir de onde fui lentamente
conhecendo a cidade. Sempre que acontece de passar por lá, a caminho da Estação da Lapa, vejo que o velho
casarão continua em pé e a ruazinha nada mudou, mesmo que a casa em frente onde
residia a paixão de todos nós, a jovem Pilar, seja hoje um restaurante natural.
Mas, ainda guarda o muro onde nos recostávamos para fumar e fazer serenatas,
até que Dr. Alírio, o pai da jovem,
chamasse no meio da noite a Rádio
Patrulha, para participar a seu modo daquele sarau desengonçado. Pânico, correria, esquecimento de pertences sobre a calçada, mas
todos a salvo
Depois dali, ainda nos Barris,
fomos para outro casarão na Rua General
Labatut nº 135 onde quatros eram
sublocados para pequenas famílias ou estudantes interioranos, em sua totalidade.
Hoje transformado no Shopping Colonial,
a nossa nova morada tinha como vizinhança o Bar e Mercearia Espanha onde nos servíamos de compras emergenciais para
a casa e tomávamos cerveja nos finais de semana ou qualquer dia semana quando
havia uma razão para comemoração.
O Espanha como era
carinhosamente chamado nós, tinha em sua administração quatro irmãos espanhóis,
que aos poucos foram desaparecendo por razões diversas como volta ao país de
seus antepassados ou por que partiram para o nunca mais.
Fico sabendo que
o Espanha foi transformado em Velho Espanha Bar e Cultura com programação
de festivais de música, shows de chorinhos e bandas pra desespero de seus
moradores, imagino, no outrora pacto e residencial bairro no Centro de Salvador. Vida que segue.
Foto: General Labutut - Barris
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