Já li várias criticas com relação ao último disco de Wanderléa, lançado o ano passado, Vida de Artista, que variam desde a sua
sempre propalada pequena extensão vocal à escolha do repertório, todo dedicado
ao trabalho de Suely Costa. Há por
trás de toda esta verbalização crítica uma dose de preconceito contra a cantora
e a defesa de uma espécie de feudo na música brasileira quanto quem pode cantar
o quê.
No caso de Wanderléa parece haver um estigma artístico como a viver sempre cantando Pare o casamento, Exército de surf, Foi
assim, Prova de fogo, Ternura e de seus eternos sucessos na Jovem Guarda. Toda esta turma da pesada
(eu tenho 85 kg) que hoje está com 60 anos ou mais, tem pela Ternurinha um carinho que se dedica a irmãzinha
mais nova ou a uma paixão juvenil que alimentamos em nossa mocidade. Claro que
onde Wanderléa estiver, estarei pronto
a lhe reverenciar e ouvir.
Com um repertório já bastante gravado por grandes vozes como Betânia, Gal, Nana, Simone, Fafá de Belém
é quase difícil ouvir e fazer a dissociação de suas vozes primeiras, como em Jura Secreta, 20 anos blues, Dentro de mim
mora um anjo e a bela Coração ateu,
por exemplo. A comparação se houver quanto as interpretações será para ela
desfavorável, mas a ela o direito de gravar e de se fazer ouvir como por mim
seu admirador, em Amor, amor.
Vídeo: Youtube
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