A crise institucional que o país atravessa se no final não der em
nada, como somos capazes de supor, deixará algum legado ortográfico deste linguajar
empolado com que juízes e jurídicos utilizam para livrar a cara de seus
clientes ou jogá-los nas “papudas”
da vida, conforme os dois lados do espelho. Ou luz ou contraluz.
O jornalista e escritor Sérgio
Rodrigues, autor de Viva a língua
brasileira, em sua mais recente coluna na Folha desnuda a origem da palavra “leniência”, fartamente
utilizada para com aqueles que se dispõe a dizer o que sabe, em busca de um
abrandamento à pena que lhe cabe.
Lembro de já ter ouvido ou cantarolado uma valsa, talvez, dos anos
40, sucesso de Orlando Silva a
bonita Lábios que beijei, que em um
dos seus versos fala de “volta, dá um lenitivo
a minha dor”. O lenitivo da canção
traduz a busca de um alivio, um bálsamo para aquele sofrimento e, assim guarda essa
familiaridade com “leniência”.
Por fim, “leniência”, vem ser mesmo um alivio para a picaretagem política e empresarial ao confessar seus crimes em troca de um prêmio para com estes delitos. Que coisa!
Por fim, “leniência”, vem ser mesmo um alivio para a picaretagem política e empresarial ao confessar seus crimes em troca de um prêmio para com estes delitos. Que coisa!
Foto: Ilustrativa
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