domingo, 23 de junho de 2013

Amanhã vai ser outro dia.

Foto do movimento Diretas Já com dizeres "Amanhã vai ser outro dia"
Entre os muitos cartazes exibidos nas manifestações que se espalham pelo país, alguns chamam a atenção pela originalidade ou mesmo pelo humor, uma característica de nosso jeito de ser que o Jéróme Valcke, capataz da FIFA, jamais entenderá.

“O povo unido, sem sigla, sem partido” é a senha para estes picaretas que ficam encastelados em seus gabinetes feitos abutres na espreita, esperando o bonde da história passar. E passa, só que agora mais que nunca, dispensando passageiros como a messiânica Marina Silva, o coronelzinho nordestino Eduardo Campos, o nunca sóbrio cliente dos bares do Leblon, Aécio Neves e, principalmente esta dobradinha infernal na política brasileira que são os partidos PT e PMDB, mais este que aquele.
 
Marco o “partido dos trabalhadores” com a amargura de quem viu o nascimento de um filho que prenunciou o surgimento de um novo dia e que com o passar dos dias, dos anos foi se tornando um monstro degenerado, ávido por poder, todo o tipo de poder. Sinto um renascer de esperanças, já adormecida pela brutalidade dos dias cinicamente iguais por culpa ou por descaso de quem não teve a coragem de fazer acontecer, tal como imaginamos um dia. Enquanto houver vida, haverá a esperança que nada será como antes, um pouco pior; prá trás também se anda.

Foto: Ilustrativa

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