Em Morro do Chapéu, debaixo de uma temperatura de fazer pingüim usar cachecol, assisti no Teatro Minerva, mais uma apresentação do grupo teatral Encenações. Desta vez o grupo enveredou por uma seara que poderia ter sido evitada com uma consultoria ou maior conhecimento de nossa riqueza teatral, mas que eles diretor e atores decidiram pelo teatro grego através de O Último Reinado. Minhas observações não registrarei neste espaço, por respeito àqueles que se prestam a este oficio, mas que fiz pessoalmente ao seu diretor Simário e a um dos atores, Gilmar Orgânico.
Temos uma dramaturgia nacional rica e um universo social e político disponível a intervenções teatrais amplas e altamente críticas, independente do amadorismo ou profissionalismo do grupo. No caso, o grupo Encenações, formado por jovens da cidade, poderia voltar o seu olhar para a nossa realidade, como já ficou provado de modo construtivo em outras encenações, pulando o risco de uma alegoria de escola de samba de segundo grupo, sem pé nem cabeça. Parabens aos jovens atores do grupo Encenações.
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