quinta-feira, 20 de junho de 2013

São os portugueses que veem.

Depois do contato com Antonio Zambujo o jovem intérprete português, que vem imprimindo uma nova e moderna linguagem ao fado e da sua identificação com a música brasileira em gravações de A deusa da minha rua, Apelo, Lábios que beijei, Quando tu passas por mim, Bilhete etc, agora é a vez da bela e doce Carminho. Assim como o Antonio Zambujo criou pontes com a nossa música através de Caetano, Roberta Sá e Ivan Lins, a também jovem Carminho cria seus laços com a produção musical brasileira através de Chico Buarque, Nana e Milton Nascimento, estabelecendo com a criação sonora da antiga colônia uma parceria salutar com o novo canto português, estranhamente, tão distante de nós.

Na recente noite de entrega do 24º Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro que contemplou artistas como Caetano, Zélia Duncan, João Bosco, Moraes, Elba, Ivete Sangalo e Betânia e contou com as participações de Rosa Passos, Mônica Salmaso, Ney Matogrosso, Nana Caymmi, os grandes nomes da noite de premiações foram os portugueses Carminho e Antônio Zambujo. Numa interpretação comovente, (que ouvi o áudio) eles interpretaram a canção de exílio de Tom Jobim e Chico Buarque, a incompreendida ganhadora de um festival de música nos anos 60, mas finalmente aclamada tempos depois, de joelhos, a tocante Sabiá.

Foto: Carminho

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