terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A rainha da Sapucaí

Homenageada pela escola de samba Grande Rio, estrela Ivete Sangalo, não deixou por menos, fazendo jus a honraria conquistando a Sapucaí e levando o imenso público ao delírio.

A segunda escola a se apresentar na primeira noite de desfile, a Grande Rio já entrou ovacionada com a presença de Ivete ainda na concentração da Sapucaí. 

Compondo a Comissão de Frente, logo após à passagem em frente aos jurados, Ivete abandonou o posto e se dirigiu ao último carro alegórico onde sairia. O público foi junto. A Grande Rio não deve ganhar o carnaval 2017, mas o seu desfile arrebatou a multidão que lotava arquibancadas e camarotes. O axé invadiu a Sapucaí.

Foto: Ivete Sangalo na Grande Rio 2017

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Por dentro, por fora

A Baiana System um sopro de novidade na música baiana, com reconhecimento nacional, em sua apresentação domingo no circuito Barra – Ondina além de arrastar uma multidão com seu som dançante, em determinado momento soltou o verbo.

O seu vocalista Russo Passapusso puxou o corro contra “machistas, fascistas, não passarão” e fechando o discurso um “Fora Temer” que ecoou por toda a avenida. A Prefeitura, seguindo a cartilha autoritária de seu prefeito, promete punição à banda, talvez com a sua exclusão dos próximos eventos municipais.

Foto: Baiana Sistem

Língua ferina

Três dos enjaulados na Lava-Jato tributam a cruz que carregam, amargando celas de cadeia, às delações de ex-mulheres.

Outras duas exs, de gente que está solta, estão conversando com o Ministério Público Federal.

Foto: Ilustrativa

Eles disseram...

Durante o fim de semana, pode ser que sim – Sérgio Cabral – Em depoimento – admitindo o uso de helicópteros do governo para seus passeios.

E agora, tudo é propina. Será que não é hora de admitirmos que parte desse dinheiro foi apenas gratificação, gorjeta – Ivan Athié – Desembargador – durante o pedido de revogação da prisão do ex-presidente da Eletronuclear

O que seria ficção científica agora é um filme realista – Sérgio Arau – cineasta – sobre a proibição de imigrantes em seu mais novo filme “Um dia sem mexicanos”, em reação a Trump

Se acabar o foro, é pra todo mundo. Suruba e suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada – Romero Jucá – Presidente do PMDB – sobre o foro privilegiado em entrevista ao Estadão

O bolo do divorcio estava uma delicia – Vivian Fabrício – Uma das beneficiadas pelo mutirão que a Justiça do Rio fez para celebrar o fim de 15 casamentos.

Foto: Ilustrativa

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Enquanto a policia não vem


Charge: Aroeira

Mais de mil palhaços no salão

O Globo em sua edição de hoje promoveu uma enquete entre algumas personalidades para que listassem as melhores músicas de carnaval de todos os tempos. Deu Máscara Negra, a bonita composição de Zé Keti e Pereira Matos, quase empatando com o não menos bonito samba enredo da União da Ilha em 1982, É hoje, de Baeta Nunes.

Também foram lembradas musicas carnavalescas inesquecíveis como O teu cabelo não nega, de Lamartine babo e Irmãos Valença; Bandeira branca de Max Nunes e Laércio Silva; Alá lá ô composição de Haroldo Lobo e Nássara e, para não fugir do velho corporativismo tropicalista, Gil citou Atrás do trio elétrico, de Caetano, embora seja mesmo bonito e inovador a homenagem definitiva ao trio elétrico.

Foto: Ilustrativa

Quando o carnaval chegar, me avisem

Os tapumes nas lojas, prédios, bancos e repartições públicas, protegendo as vidraças é sinal que a guerra vai começar e ela ainda não chegou, nem chegará por aqui, pelo que se viu até agora no Carnaval da Avenida, o Circuito Osmar

O esvaziamento a cada ano é perceptível, e este ano só não será maior em razão dos trios independentes com as estrelas da folia, patrocinado pela Prefeitura e Governo do Estado, a pretexto de um carnaval pipoca, uma carnaval sem cordas. 

O que é uma falácia, pois essas ditas estrelas, que arrastam multidões, aqui não viriam, pois iriam cuidar de seus blocos com cordas e massagear seus egos com a exposição midiática do circuito Barra – Ondina onde se encontram as emissoras de televisão.

Ontem, segundo a programação distribuída pela Prefeitura, passariam aqui na Avenida os blocos Polimania, Saudade é folia, Reduto do samba, Q felicidade, Filhos de marujo, Alabê, Arca de Olorum e similares que requer um esforço super carnavalesco pra apreciar ou seguir estas barcas furadas. 

Enquanto isso os ambulantes com suas caixas de isopor e tendas padronizadas pela cervejaria patrocinadora, coçam a cabeça imaginando como recuperar os R$300,00 desembolsados com a Prefeitura pelo credenciamento que dá direito a vender suas “piriguetes” na Avenida. Maldade!

Foto: Ilustrativa

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

...e a boca lambuzada de acarajé

No meio da rua, no meio do Povo – Walter Queiroz

Tomara que esse ano
Eu lhe encontre de novo
No meio da rua
No meio do povo
Mortalha encharcada
De cerveja até o pé
E a boca lambuzada
De acarajé
...
Foto: Pessoal ( Camaleão - 1982)

Acontece que eu sou baiano, acontece que ela não é

“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha da boca do povo, na língua errada do povo, língua certa do povo, porque ele é que fala gostoso o português do Brasil”.                                                                                    
Manoel Bandeira.

Acreditando na verdade do poeta, e em ajuda aos que estão chegando à “terra da felicidade” para participar, brincar, se embriagar no “maior carnaval do planeta”, dentro dessa megalomania que não é baiana, mas brasileira, alguns dos neologismos que o caro visitante, por certo, irá encontrar por aqui. 

Então, ouvidos atentos que vai começar o palavreado bem baiano, que de hoje em diante, enquanto durar o carnaval, quer dizer, prá sempre, fará parte de nossa conversação:
Picuinha – frescura, detalhe sem importância
Leso - bobo
Levar baculejo – ser revistado pela policia
Esbregue – esporro
Esparo – fria
Derrubado – feio, desajeitado
De hoje – há muito tempo
Buzu - ônibus
Bozó – macumba
Cacetinho – pão de sal pequeno
Pandeiro – bunda
Nigrinha – alguém de baixo nível
Armengue – improviso, coisa feia
Lá na casa da porra – Lá longe
Serrar – filar cigarro
...
Fonte: Dicionário de Baianês - Nivaldo Lariú

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Noite dos mascarados

O segundo disco de Chico Buarque lançado em 1967, após a repercussão nacional de seu primeiro grande sucesso a Banda, de 1966, era a confirmação de um grande nome para a nossa música. Este disco antecede o seu melhor disco, para mim, e para um grande número de jornalistas e colegas seus, com canções eternas e definitivas como Carolina, Januária, Até pensei, O velho, Retrato em branco e preto, Roda viva, entre outras pérolas.

Mas, como estava falando do segundo disco de Chico e a sua entrada  no seleto grupo de nossos maiores compositores, há vários destaques neste disco, com sambas e canções que trazem um tom nostálgico e saudosista incompatíveis talvez para um jovem de 20 e poucos anos, embora geniais.

Carregado de um romantismo precoce, estas canções nos pegaram para sempre como em Realejo, Com açúcar e com afeto, Morena dos olhos d’água, Lua cheia, Quem te viu, quem te vê e especialmente nestes tempos carnavalescos, Noite dos mascarados, uma marcha-rancho como aquelas que não se ouve mais. Nunca mais. Beleza pouca é bobagem!

Vídeo: Youtube (Noite dos mascarados - Chico e Betânia)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Cara feia



Máscara do presidente Donald Trump é uma das mais vendidas para o carnaval da Holanda

Foto: Estadão

Quadrilha


Paródia sobre o poema Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade

Michel blindava Alexandre que blindava Romero
que blindava Machado que blindava Renan que blindava Moreira que blindava Eduardo
que não blinda mais ninguém.

Michel foi para o Alvorada, Alexandre para o STF
Romero fez pacto com Machado, Renan ficou impune
Moreira ganhou foro privilegiado e Eduardo não tem mais nada a ver com a história.

Fonte: The Piauí Herald