“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros. Vinha da
boca do povo, na língua errada do povo, língua certa do povo, porque ele é que
fala gostoso o português do Brasil”.
Manoel Bandeira.
Acreditando na verdade do poeta, e em ajuda aos que estão chegando
à “terra da felicidade” para participar, brincar, se embriagar no “maior
carnaval do planeta”, dentro dessa megalomania que não é baiana, mas
brasileira, alguns dos neologismos que o caro visitante, por certo, irá
encontrar por aqui.
Então, ouvidos atentos que vai começar o palavreado bem
baiano, que de hoje em diante, enquanto durar o carnaval, quer dizer, prá
sempre, fará parte de nossa conversação:
Picuinha – frescura, detalhe sem importância
Leso - bobo
Levar
baculejo – ser revistado
pela policia
Esbregue – esporro
Esparo – fria
Derrubado – feio, desajeitado
De
hoje – há muito
tempo
Buzu - ônibus
Bozó – macumba
Cacetinho – pão de sal pequeno
Pandeiro – bunda
Nigrinha
– alguém de
baixo nível
Armengue – improviso, coisa feia
Lá
na casa da porra – Lá longe
Serrar – filar cigarro
...
Fonte: Dicionário de Baianês - Nivaldo Lariú
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