terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Um ministério prá chamar de seu



Para alguns de nós, aqui da planície, já há mais que motivos suficientes para que desistíssemos da pretensão de ser ministro do governo medonho, embora amigo, tais as rejeições que pipocam aqui, ali, através de liminares e principalmente da imprensa que não cansa de elogiar o seu extenso rosário de citações nas delações premiadas da Odebrechet. Além de um histórico familiar de penduricalho político do sogro em uma ascensão nada abonadora para a sua vida pública, como carrega o Senhor Moreira Franco.

Mas, não para ele, o ex-futuro ministro, em sua busca incessante por um abrigo, uma boquinha, um afago da viúva, que se dispôs a criar um ministério prá chamar de seu, a fim de proteger o amigo das garras da Justiça Comum, em caso de condenação nas investigações em que é citado. E nada melhor então, que o aristocrático “foro privilegiado” a que teria, e deverá ter, como ministro de estado.

Aliás, já passou da hora de acabar com mais essa atribuição ao Supremo Tribunal Federal, que faria sentido em um país sério, de homens públicos confiáveis, e eventualmente sujeito a deslizes, mas não essa bandalha, esses ministros 171, em que os deslizes são o seu norte, seu “modus operandi” e que nos envergonham a cada dia, a cada ação.


Foto: Ilustrativa

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