Vinicius de Moraes, poeta, boêmio, compositor,
cantor, mulherengo, não tinha, por assim dizer, a liturgia do cargo para uma atuação
como diplomata do Itamaraty. Então,
às favas o Itamaraty e seu ritual de
moços bons, e viva a vida, também mundana, mas de preferência a vida noturna e
dos bares..
Se Vinicius já era visto
assim por setores conservadores de nossa sociedade, imagine-se quando os
militares tomaram de assalto o poder em 64. Não demorou muito. Em um memorando
destinado ao ministro Magalhães Pinto
o general Costa Silva, fantasiado de
presidente àquela época, dizia: “Demita-se esse vagabundo”.
Melhor pra Vinicius,
pra boemia e pra música brasileira, embora este seu período de compositor junto
ao Toquinho e a sua linha de
montagem de sambas aos montes, não possa ser considerado o tempo mais feliz de
sua poesia musical. Mas ninguém resiste a sambinhas como Regra três, Carta ao Tom-74, Morena flor, Meu pai Oxalá, Samba da
volta, Por que será? E mais..
Foto: Vinicius de Moraes
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