domingo, 12 de fevereiro de 2017

Vai trabalhar vagabundo!

Vinicius de Moraes, poeta, boêmio, compositor, cantor, mulherengo, não tinha, por assim dizer, a liturgia do cargo para uma atuação como diplomata do Itamaraty. Então, às favas o Itamaraty e seu ritual de moços bons, e viva a vida, também mundana, mas de preferência a vida noturna e dos bares..

Se Vinicius já era visto assim por setores conservadores de nossa sociedade, imagine-se quando os militares tomaram de assalto o poder em 64. Não demorou muito. Em um memorando destinado ao ministro Magalhães Pinto o general Costa Silva, fantasiado de presidente àquela época, dizia: “Demita-se esse vagabundo”.

Melhor pra Vinicius, pra boemia e pra música brasileira, embora este seu período de compositor junto ao Toquinho e a sua linha de montagem de sambas aos montes, não possa ser considerado o tempo mais feliz de sua poesia musical. Mas ninguém resiste a sambinhas como Regra três, Carta ao Tom-74, Morena flor, Meu pai Oxalá, Samba da volta, Por que será? E mais.. 

Foto: Vinicius de Moraes

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