Quem já foi folião de quinta a quarta-feira de Cinzas em carnavais que passaram, assiste
o tempo seguir seu curso, carrega o peso dos anos, sente o desconforto nas pernas, mas
não desiste. Se não dá mais o trio, o bloco, a noite, a madrugada regada e intensos
volumes de cervejas, e amores perdidos na multidão, procura a saída honrosa, no
bloco Paraono sai milhó, por exemplo.
Não que o bloco seja a extensão de um abrigo de idosos, de um
asilo, mas de foliões que não aposentaram a fantasia, apenas trocaram a Avenida pelo Pelourinho; a estridência dos trios pelos violões e percussão; o “rebolation, o lepo-lepo” pelas
marchinhas de antigos carnavais, em um coral engrossado por todos nós com
canções de Chico, Vinicius, Carlinhos
Lira, Gonzaguinha, Moraes, Tribalistas etc. Aí vamos nós!
Foto: Paroano sai milhó
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