No documentário, Coisa mais
linda – História e casos da bossa nova, o compositor Roberto Menescal um dos condutores do filme, junto com Carlos Lyra, conta uma história
interessante sobre a atriz Norma Benguel,
famosa na noite, em espetáculos de vedetes do Carlos Machado.
Ela já havia sido protagonista do primeiro nu frontal do cinema
brasileiro e pela sua aproximação com o pessoal da bossa nova acabou gravando
um disco com a participação de Vinicius
de Moraes. O disco trazia na capa o modo como Norma gostava de andar, nua,
embora envolta em sombras, fundo escuro que deixava à mostra apenas sua
silhueta, suas curvas, mas nada de escândalo.
O hoje cineasta Cacá
Diegues que na época era estudante de Direito
na PUC e presidente do diretório fez
contato com seus amigos que freqüentavam o grupo da bossa nova e convidou a
turma para uma apresentação no teatro de arena da faculdade.
Pediu permissão à reitoria católica que concordou com o
espetáculo, contanto que a Norma Benguel
não viesse. Tentaram demover a direção da PUC
da censura, que não deu ouvido e permaneceu irredutível, já que Norma para os padrões da época e em
especial para a Igreja Católica era
um escândalo ambulante.
Foto: Norma Benguel
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