Ama, com fé e orgulho, a
terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
...
Boa terra! jamais negou a
quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a
fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás país
nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
A gente tenta, mesmo sem muita fé, mas tenta. Quer amar, ter
orgulho, fazer cafuné, espremer espinhas e cravos, tirar bicho de pé, até fazer
faxina nas instituições como sonhamos nos anos sessenta; mas poeta, tá difícil,
o trem tá feio.
Os tempos são outros, Bilac,
não tão parnasianos e formais como os que você viveu. Hoje, por aqui, mal nos
recompomos de uma vergonha, uma indignidade, vem outra mais avassaladora que a
anterior.
E assim de desonra em desonra vamos compondo a nossa tragédia diária,
bem distante de seu ufanismo babaca (desculpe, poeta) e deste sentimentalismo
derramado, manchando a toalha de linho da sala de jantar.
Versos: Fragmentos de A Pátria - Olavo Bilac
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