A intolerância religiosa caminha ao lado de um moralismo caduco
que permeia ações políticas e judiciais nestes tempos turvos. Faz lembrar uns
versos de Belchior em “Como nossos pais” onde ele diz que “apesar
de tudo, tudo, que fizemos, ainda somos os mesmos, e vivemos como nossos pais".
Nada mudou ou se mudou é como se os gestos apenas trocassem de lugar.
A decisão judicial que censurou a denominação de ordinárias e inocentes nos sanitários feminino e masculino das festas de uma
banda decadente, um dos tantos sucessos descartáveis da música baiana, “É o tchan”, não serve prá nada, mas o grupo
deve ser grato pela publicidade e por um naco de promoção na mídia escandalosa.
É tudo muito triste, pobre e sem esperança, ao lado de uma bancada religiosa, no congresso nacional, que
lentamente e às vezes nem tanto vai empurrando o país para a Idade Média, avançando
contra comportamentos e conquistas que a sociedade civil adotou nos últimos anos
a partir da década de 70. Mas, é preciso estar atento e forte e resistir sempre
contra os intolerantes e obscurantistas.
Foto: Ilustrativa
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