sábado, 18 de novembro de 2017

Rumo ao passado


A intolerância religiosa caminha ao lado de um moralismo caduco que permeia ações políticas e judiciais nestes tempos turvos. Faz lembrar uns versos de Belchior em “Como nossos pais” onde ele diz que “apesar de tudo, tudo, que fizemos, ainda somos os mesmos, e vivemos como nossos pais". Nada mudou ou se mudou é como se os gestos apenas trocassem de lugar.

A decisão judicial que censurou a denominação de ordinárias e inocentes nos sanitários feminino e masculino das festas de uma banda decadente, um dos tantos sucessos descartáveis da música baiana, “É o tchan”, não serve prá nada, mas o grupo deve ser grato pela publicidade e por um naco de promoção na mídia escandalosa. 

É tudo muito triste, pobre e sem esperança, ao lado de uma bancada religiosa, no congresso nacional, que lentamente e às vezes nem tanto vai empurrando o país para a Idade Média, avançando contra comportamentos e conquistas que a sociedade civil adotou nos últimos anos a partir da década de 70. Mas, é preciso estar atento e forte e resistir sempre contra os intolerantes e obscurantistas.

Foto: Ilustrativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário