terça-feira, 20 de setembro de 2016

A razão dá-se a quem tem.


Se a expressão “não deixe o samba morrer” precisar de ajuda, de seguidores pra não deixar a peteca cair, pode contar com Pedro Miranda, jovem carioca, ex-roqueiro que descobriu no bairro boêmio da Lapa, no Rio, junto a jovens de sua geração, a força do samba e de autores e sambistas distantes de seu tempo, mas definitivos na configuração do ritmo.

Fez parte do Grupo Semente que acompanhou por muito tempo a cantora Teresa Cristina em bares da Lapa, mas depois enveredou por uma carreira solo, além de participações em discos coletivos, lançando agora o seu 3ª disco, Samba original

Dono de um timbre original e um referencial em divisões de frases melódicas, Pedro revirou o baú do bom samba carioca, feito nas décadas de 30 e 40, sem esquecer o nosso Batatinha, em Imitação da vida, que também já recebeu uma gravação de Betânia, assim surgindo o Samba original

Tá todo mundo lá como se costuma dizer; Wilson Batista, Noel Rosa, Ataulfo Alves, Assis Valente, Zé Keti e até Luiz Gonzaga entre outros bambas, tendo seus sambas revigoradas na voz do grande intérprete em arranjos modernos, que não dispensam a participação de guitarristas como Arto Lindsay ou Pedro Sá e mesmo de Caetano em dueto na curiosa parceria de Noel Rosa e Ismael Silva em A razão dá-se a quem tem.


Foto: Pedro Miranda

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