Consumidor com habitual freqüência de espetáculos teatrais e
musicais estou sempre me deparando com produções que fazem “muxoxo” ao meu
poder aquisitivo ou “dando de ombro” como quem dissesse, vá reclamar ao Papa por sua ausência, a contragosto,
na plateia.
Mas, este é apenas um lado da equação, já que os produtores
culturais tem os seus custos altos com pauta de teatros, taxas diversas, som,
recepção ao artista além do seu cachê ao empresário que elevam os preços dos
ingressos a níveis dramáticos.
Estes últimos espetáculos no Teatro
Castro Alves, por exemplo, com grandes nomes da música brasileira ficam em
média por R$300,00 a inteira para cada ingresso, o que inviabiliza o acesso de
muitos. Se presentes em qualquer destes espetáculos, já devem ter observados
antes do inicio do show, a relação de empresas patrocinadoras que contribuem
com estes custos, com uma renúncia fiscal através de Lei Rouanet (este instrumento de incentivo cultural pouco conhecido
e tão apedrejado).
Sem estes patrocínios, públicos ou privados, a roda não gira e não
há como bancar os custos, já que a bilheteria, diferente dos pobres espetáculos
circenses, cobre pequena parte do que se investe na produção. Um show de Roberto Carlos pode ser tomado como indicativo
destes custos, já que agrega uma produção imensa entre orquestra, cenários,
iluminação, som, montagem de palco e a procura acima da média por parte do público, levando os
ingressos para o estratosférico patamar de R$1.000,00 ou mais.
Não daria,
claro, por não ter e mesmo que tivesse, mas as lotações de seus shows estão sempre
esgotadas ao menor anúncio de sua presença entre nós. É do negócio!
Foto: Ilustrativo
Nenhum comentário:
Postar um comentário