quarta-feira, 21 de setembro de 2016

É dando que se recebe



A campanha eleitoral na “cidade alegre” como em qualquer outra, sem alegria ou tristeza, vai sofrendo as conseqüências das limitações financeiras impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE, quanto a origem dos recursos, visíveis, para a sua manutenção. 

Quanto aos invisíveis, eles respondem pelo nervosismo e apreensão que transparecem nos apelos publicitários dos carros de campanha e, tristemente, nos boatos sobre compra de votos, no “é dando que se recebe”, pagamento de contas da Coelba e Embasa que ressurgem com a força de uma prática política que nos envergonha e nos deixa cada vez mais distante da civilidade. 

É a barbárie financeira contra a cidadania de quem deveria velar por isso e não ser instrumento de aliciamento e compra de uma população cujas carências se iniciam no quintal de seus barracos e se espalham pela cidade como a iniqüidade e o abandono a que são relegados haja ou não eleição.

A "cidade alegre" aos poucos perde a pouca linha que tinha e que um dia foi sua marca e patrimônio, a hospitalidade e o respeito pelo seu semelhante conterrâneo ou não. Nesta época do ano, estar de um lado que não é o seu é estar contra você e, ser contra você, não é apenas não aceitar sua opção política partidária, mas tê-lo como inimigo, além de adversário, aquele a quem o ódio por não ser seu aliado pode se transformar em vítima de calúnia, ofensa, desqualificação quando na defesa sagrada de ser, politicamente, o que se quer.

Foto: Ilustrativa

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